Este ano ando mesmo muito mal quanto a espirito natalício... Nem a minha pimpolha anda muito entusíasmada e temo que eu seja o problema... Fizemos a árvore e ficou linda mas temos pouco tempo para olhar para ela... não há prendas debaixo porque o Pai Natal ainda não chegou e nas ruas não brilham as mesmas luzinhas por causa da crise... de qualquer maneira está a tornar-se difícil passar o espírito do Pai Natal quando os amiguinhos todos a bombardeiam com frases completamente destruidoras como ..." O Pai Natal não existe! São os pais que trazem as prendas... És mesmo bebé em acreditar no Pai Natal!" Como lidar com isto aliado ao meu pouco espirito natalício? O facto é que a carta escrita ao Pai Natal ainda não foi feita e nem sei se o será, os desejos foram ditos em voz alta e de vez em quando repetidos ou alterados... O jogo do cão mauzão, um peluche que é um cão e ladra e tudo e o terceiro pedido já mudou muitas vezes, desde outro cão de brincar, a uma Nancy e a um casaco de chita que viu no shopping e anda a sonhar com ele... Só 3 que foi a conta que Deus fez... ou talvez não mas assim decidi este ano que só poderia ter 3 prendas, daí a terceira ir mudando porque as outras já estão compradas e tenho de lhe dizer que não pode mudar porque o Pai Natal não pode estar constantemente a trocar prendas... Anda muito desconfiada e eu também! Ela que realmente o Pai Natal não existe e eu que ela no fundo sabe que é verdade, mesmo quando lhe digo que o Pai Natal só existe e traz prendas para os meninos que acreditam nele, e os que não acreditam são os pais que compram para poderem ter prendas debaixo da árvore...
Claro que este não deveria ser o espirito que lhe deveria passar e sim o da união, compreensão e amor... mas confesso que ando cansada, um pouco desiludida e a querer e muito dormir um dia inteiro! Se acredito em Deus? Acredito! Se acredito que o menino Jesus nasceu no dia de Natal... não acredito e por isso mesmo nem fizemos o Presépio lá em casa. Apareceu um comprado pela avó e foi colocado numa prateleira mas no fundo não passa de mais um bibelô sem muito sentido para ela... A culpa é minha mais uma vez porque não vou com ela à missa nem à catequese porque o trabalho assim o obriga. Confesso, again, que ir à missa nunca me agradou e cheguei a ir algumas vezes com a minha avó, tal como hoje ela vai com a avó que é mais dada a estas coisas que eu ou o pai. Quando preciso de desabafar e penso em Deus, falo com Ele em casa, no carro, na cama... não vou à igreja e nem se trata de esta estar longe da minha vista pois moro mesmo atrás de uma... Lembro-me das poucas vezes que em adulta fui a uma igreja e nunca gostei do discurso dos padres, muitas vezes os considerava até dissimuladamente ofensivos e hipócritas, enfim, prefiro não ir, mas no fundo gostava de ser daquelas pessoas que pelo menos no dia de Natal vão à Missa do Galo vestidos a rigor com os maridos e filhos à Igreja. O problema é que o que eu gosto é da imagem da familia unida e bem vestida... não da Missa do Galo que nem sei por que raio se chama assim...
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