domingo, 19 de agosto de 2012

Best Friend Bands, pulseiras da amizade...




Só mais uma...

Como hacer pulsera de hilo redonda (round wire bracelet)



AS duas vamo-nos divertir a fazer esta...

Nó de macaco a 2 cores...



as possibilidades...

Fazer um nó...que é como quem diz uma bolinha...!




E mais um...lá sabia eu que dentro daqueles nozinhos estão berlindes...?

Como fazer uma pulseira com o nome...



Olha mais uma para nós experimentarmos... um pouco mais dificil, mas de ver estes videos já estou a ter ideias....

Pulseras de macramé



Olhem como me vou divertir com a D. Pimpolha a fazer pulseirinhas...

Festinha VS trabalhos manuais a duas...

É complicado viver no Algarve em pleno verão por causa das festas todas e das feiras e dos concertos e sei lá eu que mais. Ontem foi dia de Fatacil e de BossAC... Muito difícil de deambular por ali com a mão na carteira bem fechada para não gastar... Escusado será dizer que não consigo de lá sair sem comprar alguma coisinha mas desta vez foi tudo para a minha pimpolha. Compramos uma caixinha de madeira para ela pintar e depois fazermos umas colagens giras e a caixinha simples vira caixinha de jóias da D. Pimpolha. Já está em pulgas para o fazer! Ontem já passava da meia noite e pensava que ia chegar a casa e ia poder começar de imediato... Há tempo digo eu, mas haverá mesmo? Passo tão pouco tempo com ela... Durante a semana muitas são as vezes em que nem a vejo de manhã porque está a dormir e só quando chego ao fim da tarde tenho um vislumbre do que é ter uma filha. Depois venho tão cansada que nem me apetece ir fazer nada... E depois ainda tenho de decidir, ou saio e tento me divertir com ela e esqueço tudo aquilo que tenho de fazer lá por casa que já está e muito acumulado, tipo roupa para lavar e passar, casa para limpar e arrumar, camas para trocar...sei lá que mais... Mas se me dedicar a estas tão chatas coisas mas necessárias, mais uma vez não há tempo para ela! Então ontem resolvi fechar os olhos a tudo, deixei Dom Maridão em casa a trabalhar, porque também ele tem destes dilemas porque quando fica com ela em casa, que são todos os dias, quase não consegue trabalhar pois ela é muito absorvente do nosso tempo, e quando eu vou à prainha com ela ou a outro lado qualquer, ele fica em casa para por as coisas do trabalho em dia. O que significa que só algumas vezes nos vêm aos 3 ao mesmo tempo... Mas ontem fui à praia ter com uns amigos e até levei a máquina que já tem pó em cima de tão esquecida que anda. Aproveitei que os amigos tinham ido almoçar a casa e me deixarem sozinha a açambarcar o seu toldo e saquei da máquina e tirei-lhe umas fotos giraças. Quando cheguei a casa e fui ver, senti o que sempre sinto... não lhe tiro fotos suficientes para ver todos os estágios de crescimento, e nem me interpretem mal, temos fotos a deitar pelos olhos em todo o lado, mas nunca me parecem suficientes...  Nadamos, brincamos, ela leu o seu livro da moranguinho, já vai lendo melhor e sem tantos solavancos, e durante umas horas as coisas assim correram, preguiçosas como se não houvesse mal nenhum no mundo e fosse sempre assim... Claro hoje, de volta ao trabalho, assim que cheguei fui brindada por problemazinhos, típicos e que estão sempre a acontecer, mas que me enervam por não deixarem passar um dia que seja sem aparecerem de algum canto.
E ainda hoje tenho de decidir se me apetece ir a uma festinha de anos de uma amiguinha, ou se vou para casa... Ela merece a festa, eu sei, mas este ano têm sido muitas as festinhas e confesso já começar a estar fartinha... não por causa dos miúdos, mas porque não me apetece fazer sala e conversa com outros pais, culpa minha e da minha falta de paciência por tudo o que está a acontecer e vai ainda acontecer... Nunca imaginei a ternura dos 40 a chegar e eu nesta posição... Ainda faltam uns anitos para os 40 e pessoalmente nem me sinto com 30s.... mas os anos não perdoam e vão passando assim como os dias inevitavelmente o fazem sem dó nem piedade... quer queiramos quer não, as horas passam mesmo que não façamos nada para isso e quando damos por ela, já passou o dia e não fizemos nadica de nada.
O verão já vai a meio e daqui a nada chega setembro, tenebroso setembro com gastos extras e notícias esperadas e inesperadas e escola e rotinas e muito pouco descanso e férias à viste nem por isso... Este tem sido um ano muito complicado com perspectivas ainda mais complicadas. Mas tenho constantemente de me lembrar de que ela não tem culpa de nada, que é inocente, que nos ama quer lhe demos as coisas que pede, quer não lhe demos, que nos abraça com a mesma força, que nos beija com a mesma intensidade mesmo quando nos zangamos com ela. Ontem dei muitos beijinhos e abracinhos e disse-lhe muitas vezes que a amava, elogiei-lhe o penteado que lhe fiz, tão doce e inocente, uma trança com dois ganchinhos de borboleta... estava tão mimosa, tão minha, tão menina... quem sabe hoje vamos baldar-nos à festa e ficar em casa a fazer trabalhos manuais só nós as duas...

Conversando com Deus!

Nunca fui muito de ir à igreja e de me confessar, aliás confesso que não tenho a mínima paciência para lá ir, ouvir os sermões do Sr Padre que são todos tiradinhos dO Livro e que muitos , hoje em dia, já nem têm cabimento, outros ainda vão conseguindo adaptar. São muito poucos os Srs Padres que conseguem cativar aquela gente, mas quando digo cativar é fazê-los de facto entender o amor e o perdão e fazê-los sair dali com vontade de mudar para melhor. Muitos são os que lá vão por imposição, dos pais, da sociedade, porque só ali revêm amigos, enfim... Fui baptizada e fiz a minha primeira comunhão. Claro que para mim aquilo foi uma festa mas não gostei mesmo nada de ter ido ao confessionário, coisa obrigatória mesmo para uma criancinha da 4 classe que segredos e pecados têm muito poucos. Mas mesmo com esta memória de peixinho de aquário, que é o mesmo que dizer, nenhuma, eu me lembro de ter sido quase que obrigada a mentir ao SR Padre para arranjar pecados porque quando confrontada com a pergunta, não me lembrava de nenhum a não ser que me tinha portado mal por não ter feito ou obedecido à minha mãe e por lhe ter mentido... mas o senhor sentado do lado de lá do confessionário ficou zangado (imagine-se!!!) por eu não conseguir produzir mais e melhores pecados... Isto é completamente ridículo mas pronto, fiz a minha primeira comunhão na mesma e ainda me lembro do meu par ter sido o Diogo...
Hoje em dia confesso de novo que embora more mesmo atrás da igreja, não vou lá. Primeiro porque desgosto do SR Padre que está nesta igreja e que é demasiado moralista e paternalista para meu gosto. Uma vez e durante uma missa para a minha avó que tinha falecido, daquelas de 7 dia em que nós vamos lá dentro e "pagamos" para que o Sr Padre a dada altura diga o nome do nosso ente querido, assim como quem anuncia os vencedores de um qualquer concurso sem muita importância, virou-se e disse que tínhamos de ter pena daqueles que procuravam conforto noutras igrejas que não a católica porque com certeza não eram bons da cabeça, tipo atrasados mentais dos quais tivéssemos que ter pena porque não sabiam melhor... Por favor! Fiquei indignada por ver o nome da minha avó no meio de textos tão, tão, idióticos para não dizer pior! Ainda para mais D. Tété cresceu quase no meio deles, que é como quem diz. Lá na quinta era onde se faziam as hóstias ( que pelos vistos a minha mãe tinha muito gosto em ir roubar porque eram gostosas e na altura as melhores bolachinhas que uma criança podia arranjar, ainda para mais proibidas...) e onde vários srs Padres iam para se reunir e fazer planos para procissões e coisas do género e a D. Tété lembra-se bem de, escondida, ouvi-los comentar confissões, sem nunca dizer os nomes dos que se tinham confessado, está claro, mas naquela altura e com tão poucos e conhecidos fiéis, era óbvio que ficavam a saber tudo da vida dos outros. Se por um lado eu ache que eles têm de descomprimir por algum lado pois penso que não seja nada fácil ir contra a natureza humana de partilhar a vida, o amor e o corpo com outro ser humano de outro sexo, por outro lado achei isto tudo uma escandaleira. Não por partilharem confissões, mas por agirem de uma maneira junto aos fiéis e projectarem um imagem santa e digna de ouvir os nossos mais terríveis segredos, e depois por trás serem tal e qual como todos nós, com as mesmíssimas vontades e necessidades... Prefiro os Padres das igrejas que lhes permitem casar e ter família porque só assim sabem bem o que se passa dentro de uma casa e como aconselhar ou pelo menos tentar.... Uma vez li sobre um dilema gravíssimo, como sabemos todos a igreja condena o uso do preservativo, mas acontece que um casalinho novo, acabado de casar, descobriu que se tivessem filhos, estes teriam grandes probabilidades de ou morrerem à nascença ou de nascerem mas com grandes deficiências. Ora como a igreja condena o uso de qualquer tipo de contraceptivo e não permite o divórcio, vamos todos parar ao inferno, o tal casal muito devoto e de famílias devotas não sabia o que fazer. Não podiam usar nada, não queriam ter filhos nestas condições, não os podiam ir ter com outras claro, olha o adultério e por último não se podiam divorciar e tentar a sorte com outra pessoa cujo sangue fosse compatível...
Mas uma coisa devo aqui confessar. Quando me sinto mesmo muito aflita, quando preciso mesmo muito e mesmo não acreditando num velhinho sentado num trono lá no céu, acredito em outras coisas, viro para ele a minha atenção e rezo com todo o fervor que consigo. Muitas são as vezes em que penso ter sido atendida... Coincidências...talvez... às vezes até se tratam de coisas bem simples mas que me fazem achar que se calhar, até me ouviu e me beneficiou...
Uma vez D. Tété muito aflita pediu ajuda a Deus....e ele não só a ouviu como ela acha que ele veio ter com ela em carne e a ajudou... e ele disse, A Sra não me pediu ajuda? Não chamou por mim? Então eu estou aqui! Naquele momento ela não percebeu mas mais tarde e de cabeça mais calma pôs-se a pensar e ainda hoje jura que era Ele! Perguntei-lhe se se lembrava de como Ele era e ela disse-me que não tinha prestado atenção, tão doente que estava... Claro que prefiro mil vezes pensar que assim foi e que ela é e foi abençoada do que pensar que lá para cima não está mesmo nada... mas é cada dia mais difícil de aceitar as coisas que vemos a acontecer, como é que Deus permite tais atrocidades? É por que numa outra vida qualquer já fizemos sofrer assim e agora devemos ser nós a sofrer? Acho que a minha alma se debate muitas vezes com estas questões e tanto acredita como não acredita em Deus e no Diabo, no céu e no inferno... para mim o inferno é este na terra, mas quem sou eu para o afirmar...
Mas que é um facto que quando me sinto com medo e aflita eu rezo para ele, lá isso faço. Faz-me sentir um pouquinho mais tranquila...
Mas se pudesse conversar com Deus, assim como aconteceu a D. Tété, gostaria de lhe perguntar algumas coisinhas, tentar com que me convença de que o que acontece tem de acontecer...

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Que triste dia!

Hoje acordei a ler uma mensagem que me enviaram e que me despertou de imediato e me fez quase que pular da cama. Imediatamente acordei Dom Maridão e li o que me tinham enviado. Morreu um miúdo de 18 anos! Um miúdo que conheci numa época da minha vida mais feliz e diferente, quando ainda vivia em Lisboa e quando do nada encontrei numas pessoas, amizade e muito humor! Os meus vizinhos da frente! Sempre tinha vivido em plena Lisboa e raros eram aqueles que no meu prédio conhecia, à excepção de duas vizinhas da minha idade e dos seus pais. Talvez mais pessoas do que muita gente conhece em toda a sua vida no seu, prédio... Quando me mudei para os subúrbios, adorei a experiência mas ainda faltava saborear aquela coisa dos vizinhos se cumprimentarem todos, de falarem todos, de trocarem receitas, chás, sei lá, vivências. Isso aconteceu quando vieram morar para a nossa frente um casal com um miúdo, o Nando! Os trés eram super sociáveis e o pai super falador, tanto que gradualmente foi entrando na nossa vida, com as suas conversas sobre o seu trabalho, era militar agora já reformado, da sua esposa, uma brasuca super simpática,  magrinha e com uma adoração pelo filho, marido e patinagem no gelo. O Nando foi entrando na nossa casa por causa dos nossos cães, foi se mostrando um miúdo fantástico, muito brincalhão, fruto de uns pais tão equilibrados e divertidos. Fomos sendo convidados para o serão deles, para falar, beber chazinho, comer um bolinho... Fui aprendendo com aquela família a gostar de ali estar e fiquei-lhes muito grata por me terem porporcionado aquilo que sempre tinha desejado. Ter vizinhos, falar com eles, privar com eles e acima de tudo, divertir-me e passar um bom momento com eles. Fui conhecendo aquela família que estava de algum modo longe da própria família, uns no Brasil, outros no Norte, mas com muitos amigos e fui-me sentindo parte da sua família. O que me sabia bem ir até lá e beber um chazinho e conversar, vi e a modos que participei na vida escolar daquele miúdo, das idas frenéticas todos os fins de semana para os escuteiros... Ele era assim! Conseguia com aquele sorriso e candura fazer amigos. Rápidamente conheceu mais o vizinho de trás e tornaram-se amigos, os vizinhos de baixo, os de cima...todos sabiam quem ele era porque ele falava com todos e mesmo aqueles mais resistentes, aqueles que apenas queriam viver a sua própria vida e não tinham interesse em conhecer aquele miúdo vizinho, acabavam por se render. A ele e a toda a sua família. Hoje é das coisas de que mais tenho saudades, dos meus poucos, muito poucos amigos mas bons amigos e dos meus vizinhos, também eles bem dentro do meu ciclo de amigos. Quando eu e Dom Maridão casamos, eles obviamente também foram convidados e ainda hoje me lembro do Nando a brincar com os outros miúdos e com uma rapariga que tínhamos contratado para tomar conta dos miúdos. Lembro-me de ele ter ficado danado por não ter conseguido levar o ovo na colher e a colher na boca sem deixar cair o ovo, tudo porque queria ser o primeiro a chegar à meta... Quando fiquei grávida ia muitas vezes desabafar com a mãe dele e ele estava lá sempre, com aquele sorriso do qual nunca me vou esquecer. Quando a D. Pimpolhinha nasceu, eles estavam lá, ele brincava com ela, mesmo com a diferença de idades que tinham, o Nando sempre tinha um sorriso e uma brincadeira para com ela, de tal maneira que ela tinha uma adoração por ele, o Nhando, como ela lhe chamava. Depois viemos para o Algarve e a distância, o trabalho, a ociosidade da nossa parte fez-nos falar cada vez menos uns com os outros e disto me arrependo e mesmo muito. Eles ainda cá vieram ver-nos, lembro me de lhe ter oferecido um skate esquisitissimo, pequenino e ele e a mãe, em pleno Portimão, a experimentar e a andar naquela coisa enquanto D. Pimpolha andava na bicicleta nova que os padrinhos lhe tinham oferecido, os pais dele. Na altura tinha uma grande cabeleira, fruto da moda do momento mas ficava-lhe bem, dava-lhe um ar rebelde sem de facto nunca o ser. Que eu saiba sempre foi um bom filho e responsável. A vida e o mundo da mão e do pai que não quiseram mais nenhum filho por razões que só a eles dizem respeito. Sempre lhe achei graça e acho que ele gostava de mim, falava e brincava muito comigo. Às vezes vinha ter comigo e pedia um leite com chocolate mas com espuma, feita com um aparelhinho especial que ele gostava de usar... passamos muitos serões juntos dos quais agora me recordo com avidez. A última vez que o vi, tive de ir a Lisboa com D. Tété para ela ir ver a mãe dele, já que é dentista e tinha caido um dente à D. Tété. Fomos até ao novo consultório e a mãe ligou-lhe de imediato para ele vir ver a D. Pimpolha e para nós o vermos. Enquanto esperava que ele chegasse e como a mãe tinha dito que ele agora tinha mota e que trabalhava numa pizzaria a distribuir pizzas, fiquei à espreita a ver se o via. Apareceu um miudo e eu achei que era ele. Não era, estava a imaginá-lo mais jovem, mas esqueci-me que a vida não para e que ele já tinha crescido mais um bocado. Já não era aquele miúdo que eu conheci, mas um jovem adulto. Quando ele apareceu fiquei espantada. Alto, bonito, responsável...até tive vergonha de ter pensado que momentos antes ele era aquele outro. De cara estava igualzinho! Fomos tomar um café e a D. Tété, que tinha levado a máquina fotográfica, insistiu em que D. Pimpolha tirasse uma fotografia com o seu Nhando...D. Pimpolha confessou-me na casa de banho que estava envergonhada por causa dele, acho que houve um momento na sua ainda muito jovem vida que ela gostou dele... Lembro-me que insitiu em pagar o lanche e eu, embasbacada por aquele já não miúdo me querer pagar um lanche, recusei claro e paguei eu... Despedimo-nos e voltamos para o Algarve. A vida foi rolando como tem de rolar e ontem, a cerca de 100 metros de casa, foi abalroado por um carro na sua faixa de rodagem, um carro em contra-mão! Merda para isto!

Nando, adorei conhecer-te! Merecias muito mas mas sei que embora tenhas partido nesta altura tão jovem da tua vida, que viveste uma vida saudável, amado pelos teus pais, familiares e amigos... Nando, vou ter saudades mesmo que nestes últimos anos não tivessemos tido o contacto que deveriamos ter tido... Nando vou-me lembrar de ti! E rezar por ti! Gi e A....não há palavras... apenas lamentos....

domingo, 12 de agosto de 2012

Mãe de quem é que tu gostas mais?

E ontem chegou de mansinho mas de chofre a bela da pergunta mesmo em frente ao papá." Mãe de quem é que tu gostas mais?"  Don Maridão começou logo a dizer que estas perguntas não se faziam, eram feias mas para D. Pimpolha são de facto perguntas muito importantes. Anda na fase da ciumeira, os papás não podem dar um beijinho sem que ela reivindique um só para ela também. Faz mesmo beicinho e bate o pé. Eu respondi que gostava mais dela porque era minha, porque eu a tinha feito, porque era a minha princesinha mas Don maridão continuava na sua de que não eram perguntas próprias então ela virou-se ao contrário na cadeirinha, cruzou os braços, pôs a sua carinha mais tristonha à beira das lágrimas e disse em tom zangado " Então também já não digo de qual de vocês os dois eu gosto mais! 
Eu concordei com o papá de que não deveria dizer mas secretamente fiquei curiosa e com vontade de lhe perguntar ao ouvidinho se sou eu a contemplada...é que D. Pimpolha tanto diz que me ama a mim incondicionalmente como ao seu papá adorado!
Muitas são as vezes em que ela começa a cantarolar uma musica qualquer inventada por ela, onde professa o seu amor aos seus pais e a mim em especial e eu fico a pensar na sorte que tenho por esta princesa, mesmo eu não tendo tempo e nem a paciência que deveria ter, me adorar assim!
Claro está que a todos acontece, de quem é que nós gostamos mais? Das nossas mães ou dos nossos pais? Secretamente e bem lá no fundo temos a resposta para esta pergunta mas como fomos ensinados para não divulgar estas coisas, dizemos que gostamos dos dois de igual maneira. Com os filhos é a mesma coisa. Acredito piamente, embora não o possa comprovar visto que só tenho uma pimpolha, que haja sempre um filho pelo qual temos uma preferência, talvez por ser o primeiro, ou por ser o caçula da família, não querendo dizer com isto que em alguma maneira os pais diferenciam os filhos, ou pelo menos não o deveriam fazer. Bem sei que podemos gostar de maneiras diferentes mas como os amamos essas pequeníssimas diferenças não se notam em nada porque são tão amados uns como são os outros. Mas convenhamos e bem sei que estão a abanar a cabeça e a dizer que não e que só estou a dizer disparates porque não tenho base de comparação, mas sejam verdadeiros e vão ver que há um que vocês gostam um bocadinho mais sem no entanto alguma vez o transparecer. Eu sei que assim é porque são muitas as famílias que conheço em que isto é perfeitamente visível e palpável, mais do que o deveria ser e no entanto os  pais dariam as vidas por qualquer um dos seus filhos! Por isso esta pergunta de D. Pimpolha não me surpreende. E de facto se eu for a dizer em relação aos meus pais de quem gosto mais, teria sempre que dizer que da minha mãe com quem passei sempre mais tempo, que me cobria as saídas nocturnas, que me dava carinhos quando o meu pai se enfurecia comigo, que estudava comigo, que me fazia todas as vontades... sei lá mas nunca poderia dizer que gosto menos do meu pai. è diferente, um gostar diferente mas um gostar igual. Difícil de entender? Olhem bem para dentro de vós e vão entender. Até mesmo a D. Tété já confessou que adorava o seu pai que morreu quando ela era pequena e que se lhe perguntasse na altura, ela teria dito que preferia que tivesse sido o contrário e quem a conhece e viu com a minha avó nunca o diria porque a sua adoração pela sua mãe era total e absoluta e muito sofreu quando a minha avó se tornou anjo e foi para o céu.
Agora, para responder à pergunta de D. Pimpolha, e amor eu amo-te mesmo muito, só posso responder que de quem eu gosto mais é mesmo da minha preciosa Pimpolha! Porquê? Não sei! Se a diferença se nota entre Dom Maridão e D. Pimpolha, uns dias sim, outros não...
Uma vez conheci uma rapariga que me jurou a pés juntos que seria do marido de quem ela iria gostar mais porque o tinha escolhido e porque os filhos saem de dentro de nós já condicionados a gostarem de nós e nós deles... será?
Mas não faz mal gostarmos mais de uns do que de outros, desde que lhes demonstremos que gostamos e que os amamos... e que não tenhamos problemas em o dizer em voz alta ou mesmo ao ouvidinho em segredo!


 

As fotos dos outros...

Custa-me à brava ver as fotografias que os outros vão colocando na internet para toda a gente ver das férias bem passadas quando aqui a je não as pode ter. Bem sei que é feio ter inveja mas não consigo reprimir este sentimento quando D. Pimpolhinha sobe para a minha cama de manhãzinha e me pede em tom choroso que fique com ela em casa e que vá com ela até à praia. Tenho de lhe dizer que não posso, que tenho de ir trabalhar e ela coloca o seu braçinho à minha volta bem apertado e não me quer deixar partir. Custa-me mesmo muito porque daqui a nada é Setembro e ela começa as aulas e eu não vou poder ir com ela dias seguidos para a praia ou piscina. Até aqui tem havido umas almas bem caridosas que a têm levado com elas e a têm aturado, mas como ela diz, não é a mesma coisas. Fica ali a olhar as amiguinhas com as suas respectivas mamãs e papás a devotarem tempo para elas e a minha princesa sem se poder agarrar a alguém para fazer as mesmas brincadeiras. Claro que lhe passa e continua a desfrutar da prainha ou da piscina mas depois, e nos raros momentos em que decidimos as duas ir apanhar um solzinho, D. Pimpolha escolhe ir só comigo. No outro dia, cheguei do trabalho, peguei na minha preciosa filhota e fomos as duas até à praia mesmo em frente a nossa casa. Levei chapéu e tudo e, apesar da água estar geladíssima, lá entrei com ela e enquanto ela andava com os seus óculos novos de mergulho que Dom Maridão lhe ofereceu, eu andava por ali a puxar o pézinho, a brincar com ela. No fim, confessou-me que tinha adorado estar só comigo na praia. Soube bem ouvir e nem por isso porque significa que estes momentos têm sido tão poucos, que ela os está a contabilizar e o que qualquer pai quer, é que os nossos filhotes percam a conta às coisas boas da vida e não as tenham de contar para não se esquecerem. Ainda por cima tenho andado tão cansada que a paciência já se esgotou há muito tempo e quando, naqueles raros momentos em que tenho tempo para descansar e estar com ela, dou por mim a dormitar e assim se passa o dia, comigo a descansar a cabeça em vez de ir brincar com ela. Também não admira. Todas as noites têm sido passadas entre o adormecer e o acordar com o coração tão apertado que até parece que vou ter um ataque cardíaco, tal são as minha milhentas preocupações que com o passar do tempo não melhoram e nem diminuem, pelo contrário. Bem tento não passar a minha angustia para ela mas tem sido deveras difícil. Ontem fiquei o dia inteiro em casa e D. Pimpolha lá deve ter percebido que a mamã precisava de dormir e passou o dia no quarto a ver desenhos, a fazer obras de arte a até a arrumar o meu quarto. Hoje tive de vir trabalhar mas faço questão de quando voltar, pegar nela, esquecer a minha vontade de me esticar sem nada fazer, e vamos até à praia, porque ainda não se paga para ir e porque ela merece uns miminhos da mãe...

domingo, 5 de agosto de 2012

As autoridades deste país...

Ora Ora! Este sábado resolvemos, toda a família ir passar um dia à piscina com uns amigos, e que bem que soube! Pude deixar de lado todos e quaisquer problemas e apenas apreciei o pouquíssimo barulho que havia na piscina, o sol ( bem na verdade podia ter apreciado menos o nosso astro rei porque me esqueci de colocar o dito protector solar e agora pareço uma bifa morena!!!), e as brincadeira de D. Pimpolhinha. Claro que não há bela sem senão. O dia estava pacifico e assim ficou pelo menos até ao fim da tarde quando recebi a notícia de que D. Tété estava a ser autoada... Problema é que estava parada há já algum tempo num sítio onde apenas permitem cargas e descargas, depois como tinha mudado de mala esqueceu os documentos do carro na outra e ainda por cima, tinha o selo do seguro no carro mas não colocado no vidro.... a ver vamos a quantificação disto tudo. Mas o problema maior foi mesmo as duas agentes da autoridade, dois mocinhas novas com ar de quem entrou recentemente na bela instituição policial GNR que foram do mais desagradável e agressivo! Que eu saiba somos todos inocentes até prova do contrário e D. Tété, embora tenha realmente falta daquelas coisas todas, não é nenhuma criminosa fugida à polícia para ter sido tão mal tratada pelas meninas. A meu ver, na minha mais modesta opinião que vale o que vale, são raparigas orgulhosas de terem entrado na GNR, que enchem o peitinho de ar para dizer à boca cheia que pertencem àquela instituição e agora estão a querer dar nas vistas e a querer impôr o respeito mas pela via mais perigosa que é a da intimidação! Chegaram a dizer em modos bastante rudes que " Nunca mais a quero ver aqui!!! Como é que é???? Ora se a minha mãe tem lá um apartamento e tem direito de ali colocar o veiculo para cargas e descargas, uma vez que se trata de uma rua onde não é permitido estacionar e nem se quer passar a não ser a prorpietários... Ora esta menina GNR não poderia ter dito isto e nem sequer nestes moldes. Depois teve a lata de dizer em cara que ia procurar falhas para ver quantas multas conseguia passar... Ou sou eu ou realmente estas meninas estão a abusar do poder que lhes foi conferido no dia em que passaram, e muito bem, os testes de admissão? Que eu saiba e até se entrarmos numa esquadra da polícia, GNR, etc, normalmente está bem visivel, juntamente com posters assustadores sobre violência doméstica e pedofilia, um quadro ditando os deveres e obrigações da pessoa que encarna o papel de autoridade e tenho a certeza de que um dos pontos manda serem corteses e bem educados com toda a gente, claro até já não o poderem ser, quando alguém resiste ou se torna mal educado e parte para a violência, caso contrário, estes agentes de autoridade têm obrigatoriamente de terem um poder chamado poder de encaixe maior que o cidadão comum, não podem ferver em pouca água! Tenho ou não tenho razão? A meu ver as ditas agentes deveriam se ter dirigido a D. Tété, pedido os documentos e explicado que como não poderia estar estacionada tanto tempo naquele sítio mesmo sendo proprietária de um imóvel ali, que iria ser autoada e pronto. Passavam-lhe a dita multa, sorriam porque ninguém ali tinha matado ninguém e continuavam na sua vidinha. É ou não é? Constitui isto ou não um extremo abuso do poder? Ameaçar cidadãos só porque estão para aí virados e pensam que podem? Em que país estamos nós? Já temos abuso do poder político que nos esmifram até ao tutano com impostos e sei lá eu que mais para pagarmos dívidas de estado quando eles andam à grande e à francesa nos seus belos carros de luxo e casas de luxo a ganhar o que um cidadão trabalhador nunca conseguirá ganhar quase a vida toda. Agora também temos instituições criadas para nos defender e proteger a ameaçar cidadãos só porque o crachá lhes diz que os temos de obedecer... É a Républica das bananas, com todo o devido respeito a esta República. Escusado será dizer que D. Tété estava bastante perturbada com toda esta situação e eu também que tive de ir a correr buscar os documentos do carro e quando lá cheguei com os mesmos as "agentas" não os quiserem ver e mandaram D Tété apresentar os mesmos na esquadra, tal e qual como já tinha eu dito antes para ela perguntar se o não podia fazer... Temos carros em segunda e terceira filas mal estacionados, a bloquear garagens, estacionados em locais próprios para os deficientes, em cima dos passeios obrigando as pessoas a andar no meio da estrada, estacionados em sítios onde um qualquer carro grande não consegue passar, tão esmifrados e enscostados que só lhes batendo podemos sair e, em vez de andarem a tentar resolver esta questão, andam a ameaçar pessoas com idades para serem mães ou quase avós delas e que se apresentaram e pediram desculpa pelo sucedido... Francamente! Acho é que estas raparigas estão é danadas porque acharam que agora iam andar fardaditas e de popó a fiscalizar as ruas e puseram-nas de bicla, ao sol e calor, a levar com os tubos de escape, a serem secretamente gozadas pelos calçanitos, por terem de andar de rabioski mais ou menos espetado a patrulhar as mesmas ruas...