domingo, 30 de setembro de 2012

Happy Birthday... myself!

Bem, ao que parece o Verão já era, pelo menos este ano tem chovido mais e na praia já não se vêm pessoas, os toldos já vão sendo retirados, já noto mais gentes de sapatos fechados e camisolas com manga comprida, mais bicicletas a pedalar por esse algarve a fora e especialmente em frente à minha varanda. Recentemente virei 38 páginas de vida... Se podia ter feito mais??? Claro que sim, se jurei fazer mais antes mesmo de entrar nos entas??? Pois claro que jurei mas na realidade, na fase em que me encontro, em que não posso planear o futuro por não o conseguir vislumbrar bem, de nada vale jurar para o longe, mais vale mesmo olhar para o agora e ir dando beijos na minha Pimpolha e no Dom Maridão. Fez 38 aninhos dia 27 de setembro em que eu vi o mundo pela primeira vez e que sem saber, me mentiram dizendo que tudo ia ser um mar de rosas. Não vale a pena mentir, só vale a pena dizer que vamos tentar... Não faz mal,´foi uma mentira piedosa e eu perdoo! Passei o dia sossegada, a arrumar e a limpar a casa, a fazer uns truques que tenho aprendido na internet e a preparar um jantar gostoso porque este ano, além de pedir para não me darem nada de presente porque eu tenho quase tudo o que preciso, e o que não preciso, disse que preferia ficar em casa. Mais uma mentira piedosa porque quem realmente quer cozinhar no dia de anos? No dia de anos queremos ir passear, beber um café numa pastelaria qualquer, ir jantar fora com amigos e familiares e ser totalmente e inequivocamente bajulada por todos. Mas com a crise que por aí anda, somos obrigados a pensar na carteira, no equilíbrio e principalmente e infelizmente nas continhas para pagar e por isso mesmo, ficamos em casa. O jantar estava óptimo e passou-se mesmo muito bem. Olhando para trás vejo que os dias de anos afinal não são mágicos como eu achava que deveriam ser ou como eu pensava que seriam sempre. Passamos metade do dia à espera do dito jantar com amigos e a preparar a fatiota e que mais??? Nunca gostei muito do meu dia de anos porque confesso que morria de medo que os meus amigos não aparecessem para o jantar e eu ficaria ali, sozinha e abandonada numa mesa de restaurante, rodeada de cadeiras vazias. Graças aos céus nunca aconteceu mas sempre que estava para fazer anos, voltava o esqueleto do abandono. Sim eu sei, sou muito insegura no que respeita a amizades mas também porque sei que não sou aquela amiga, não ligo aos meus amigos com frequência, não lhes envio emails... enfim não faço a minha parte de amiga. Sempre fui assim e de nada vale pôr a culpa em vidas passadas em que eu teria rejeitado todos e quaisquer amigos e agora estava a pagar por isso... Mas na verdade, hoje e com 38 aninhos, gostei de ficar em casa, fui apaparicada pelo Dom Maridão, recebi as prendas que me puderam dar e que foram inesperadas algumas e que muito me agradaram. Mas mais, recebi o amor de Dom Maridão e D. Pimpolha, sem laços e papel decorativo, sem subterfúgios, simples, limpo e às claras. Claro está que o facto de D. Pimpolha achar que eu fazia 49 anos foi desolador... ainda não percebe destas coisas mas quando for a vez dela, em que eu espero estar por cá para o ver, vou vingar-me e dizer-lhe o mesmo... Brincadeira! Num hora eu fazia 19 e noutra já ia nos 49... não faz mal, a vela não dizia nada e serviu apenas para ela me cantar os parabéns em alemão e para ela soprar.  No fundo e se pesar bem a balança, o dia foi bom, passei como quis e bem me apeteceu. Por isso... PARABÉNS A MIM!

E mais, D. Pimpolha achou que deveria fazer-me um bolo para a posteridade e assim fez, saiu um bolo às camadas feito de lápis de cor e tinta e com uma velinha em cima... que prenda melhor podia eu querer...

domingo, 16 de setembro de 2012

Que triste dia, parte 2, A estrela no Céu!



Já fez um mês que um super miúdo ( desculpa-me mas para mim terás sempre 11 anos...) se foi juntar lá em cima às estrelas que é realmente o lugar dele, ser uma estrela brilhante e sorridente. Infelizmente e muito por causa do que nós todos vivemos, não nos foi possível ir a Lisboa para participar na celebração da missa em seu favor ( desculpa mas não pudemos mesmo ir e tu sabes porquê...), então resolvemos aqui mesmo, tal como sei que muitas outras pessoas o fizeram em outros locais, ir à missa e rezar por ele, pela sua tão bela Alma! Que o Nando é e era uma pessoa especial, eu sei, os pais sabem e todos os que o conheceram, tiveram esse privilégio, o sabem! Que miúdo espetacular!!! Mas nunca pensei que tivesse tantos indícios disso mesmo, eu que sou tão despistada e aluada e por vezes nem acredito em tantas coisas que acontecem... A minha Princesa, que para mim é super especial, e que ainda passou parte da sua tão tenra idade na companhia do Nando, também o sabia especial, porque ele lhe dava carinho, brincadeira, porque se preocupava com ela... de tal maneira que, como já disse, penso que foi o seu primeirissimo Amor, Paixoneta... corava e escondia-se e não queria que ele visse alguma coisa ou que soubesse alguma coisa que ela tivesse feito mal... claro ela só tinha 2 aninhos e sim , nestas idades é possível ter-se um Amor, um amor incondicional, inocente. Um dia, sem mais, iamos no carro e ela virou-se para mim e disse:
- Mãe já dei um recado ao Nando...
De repente nem percebi bem do que ela estava a falar, mas ela continuou...
- Disse na minha cabeça porque ele já não está cá.
Então perguntei o que ela lhe tinha dito...
- Agradeci-lhe por ter brincado comigo e ser bonzinho comigo e disse-lhe que tinha pena do que lhe tinha acontecido.
Fiquei emocionada porque com 7 anos é difícil de dizer a uma criança que uma pessoa que ela conhece morreu e nunca mais a vamos voltar a ver, mas ela ali naquele momento fez-me perceber que ela tinha aceite a morte tão prematura do Nando e a tinha entendido... Claro que fiquei a pensar que foi ele que veio falar com ela para que ela entendesse... e comigo também...
No dia em que soube, no dia em que fiquei chocada até mais não, na rádio tocou uma musica que eu já não ouvia há tanto tempo e que o Nando tinha cantado na no meu casamento, em Karaoke... foi uma despedida, tenho a certeza e mais ainda depois de falar com os pais dele e me terem dito que ele visitou muitas mais pessoas para se despedir...
Ontem, celebrei aquele filho tão especial ao ir passear com a minha doce e rabina Pimpolha, fomos com D. Tété ao Slide &Splash, mas ele passou muitas vezes pela minha mente, como uma saudade... à noite, tal como prometido, fui pôr-me à porta da Igreja a ouvir a missa e os cantigos de cá de fora (porque confesso que não sou muito dada a igrejas...) e também porque tinha levado companhia canina, se alguém adorava animais, esse alguém é e era o Nando, por isso achei que seria um bom tributo a ele. A noite estava fantástica, quente, sem brisa nenhuma, pessoas passavam na rua, umas entravam na igreja, outras saiam... à porta da igreja existem uns holofotes no chão e de cada vez que alguém por ali passava, as suas sombras eram projectadas na parede branca da igreja e ia ficando mais pequenas e mais gordas à mediada que iam entrando, até desaparecerem com os seus "donos", lá para dentro. Da igreja vinham os cantigos e lembro-me de ter pensado que são muitas as pessoas que ali vão e que cantam mesmo sem saber cantar e que bonito que fica o conjunto de vozes, quando sózinhas são muitas vezes uma desgraça. Apareceram crianças a fazer festas aos cães e de repente eu lembrei-me de olhar para o céu escuro para o ver, porque para mim ele é uma estrela e recordo-me de ver Vénus, tão brilhante ali parada e de haver muito poucas estrelas bem visíveis, o que até era estranho porque a noite estava limpida, sem nuvens e o seu tão escuro e de repente surgiu uma estrela! Era uma estrela cadente! Ela surgiu do nada, deixou o seu rasto no céu escuro, um rasto pequeno, de 18 anos, e explodiu tal qual um foguete pequeno. Fiquei sem ar... tive a certeza de quem por ali tinha passado. Se estou a ler nas entrelinhas não sei, se foi mera coincidência de eu estar a pensar no Nando como uma estrela e ele ali estar, também não sei... Não me fiz rogada e agradeci-lhe, a ele e a Deus e fiz um desejo ao mesmo tempo que me emocionei... É que não me lembro há quanto tempo eu não via uma estrela cadente, acho mesmo que nunca vi de facto, ou se vi, garanto-vos, não era como esta estrela. Esta apareceu e desapareceu tão depressa que tive a certeza que ali só eu a vi... Obrigada Nando!

Nada pode fazer suportar a perda de alguém, nada pode compensar a perda de um filho, nada... mas gosto de pensar que o tempo que o Nando cá esteve, serviu para melhorar as nossas vidas, as nossas maneiras de pensar, os nossos corações de uma maneira ou de outra mesmo que nós não nos tenhamos apercebido disso, porque ninguém entra e sai da nossa vida sem deixar uma mossa, uma marca indelével! Ele foi assim para mim! E sei que para tantos outros também!

Um beijo grande!!!

sábado, 8 de setembro de 2012

Fat lady in the water yeh yeh!!!

    Como toda a mulher passo metade da vidinha preocupada com o que como e com o meu peso. Nunca fui lingrinhas e agora muito menos. Ando sempre danada comigo mesma por não conseguir perder peso, por me olhar ao espelho e ver uma figura que não pertence ao meu imaginário, é real e não há muitas voltas a dar. Quer dizer, há a ginástica e coisas que tais que eu não sou nada fã, demasiado preguiçosa para fazer sozinha e aqui nos Algarves não encontro ninguém que me consiga cativar a ir regularmente a um qualquer ginásio, ainda para mais os melhores são longe e custam rios de dinheiro que sei que vou desperdiçar quando começar a arranjar desculpas para não ir! Logo, os kilinhos chegam e ficam... Mas esta semana fui até à dona balança lá da farmácia, porque a minha está algures escondida e ainda bem, e quando vi o resultado naquele papelinho fiquei espantada agradávelmente mas com um certo sabor amargo. É que descobri que tinha emagrecido e não tinha sido só um kilito, foi mais que isso, consegui finalmente passar para baixo da linha dos 70!!! O gosto amargo deve-se ao facto de nada ter feito a nível ginastical para que isto acontecesse, bastaram-me as preocupações para ficar sem vontade de comer e pronto. Se eu soubesse antes aquilo que sei hoje... lembro-me bem de me olhar ao espelho e chorar por achar que estava gorda, com rabo e ancas... mas na realidade e olhando para fotografias antigas, eu não estava nada gorda, estava no ponto e em vez de me ter apreciado assim, perdi o meu tempo a lamentar-me assado!!! Hoje deixei de ligar tanto a isso, até porque Dom Maridão professa o seu amor às minhas gordurinhas vezes sem conta, mas no fundico ainda mói... Óbvio que fiquei satisfeita, não surtiu grandes efeitos a nível de roupa porque eu recuso andar vestida com coisas super apertadas e como tal, o que já servia, passou a servir ainda melhor. Aliás, redescobri uma saia branca de ganga comprada no Brasil, quando eu ainda andava no maravilhoso mundo das nuvens e dos aviões, que ainda me serve! Pronto, quando a comprei já era grande porque não tinham o meu exacto número e eu queria mesmo a saia e pronto! Hoje visto-a orgulhosamente, pois sem ninguém saber, sinto-me satisfeita por ainda a conseguir usar. (ok, agora já sabem...)
Este foi o meu primeirissímo verão em que me recusei a vestir bikini por considerar que ninguém é obrigado a mirar o meu corpo apertado naqueles fios das cuequinhas dos bikinis... passei ao fato de banho e deixei o desgosto para trás! Mas olhem que estando eu sentada ou deitada nas quentes areias algarvias, vi com cada coisa que me fez querer voltar para casa e ir buscar os meus bikinis porque de certeza eu estava em melhore estado que aquelas!!! Anda muito na moda o quero lá saber! à frente fica minimamente giro, então atrás que se lixe! Cheguei a ver senhoras que aparentavam estar nuas porque as barrigas eram tão grandes que positivamente tapavam a mini cuequinha e de trás... Oh My God! Quantas bundas enormes, flácidas e disformes tive de aguentar! Sim porque antigamente só as raparigas mais novas e giras e com corpos para tal usavam o dito fio dental ou parecido, hoje vêm-se mulheres feitas, com filhos nos seus 30s e 40s, cheias de celulite e de rabos beeeem grandes a usar o dito cujo, então passeam-se como se nada fosse pelos areias, fazendo as delícias dos senhores idosos e sendo tópico de conversa do resto do mundo! Dizia uma amiga minha "- Oh pelo amor de Deus! Mas porque é que tenho eu de levar com o rabão daquela??? De facto ninguém deveria ser obrigado a ver aquilo! Se estivessemos num filme e as imagens passassem em slow motion, aquilo era de chorar a rir com as duas bochechas gigantescas a rebolarem de um lado para o outro... Enfim! Os pudores foram todos à vida! Acham que estou a criticar de mais? Eu não, andem como quiserem e façam como entenderem mas que aquilo é uma autêntica visão Dantesca, ai lá isso é!


Fazer pela vida...

Este mês de Setembro deveria ser de alegria, pelo menos para mim que nasci neste mês... a escolinha da D. Pimpolha começa e com ela uma nova vida porque D. Pimpolhinha já vai para a 2 classe e acabaram-se aqueles TPCs tão pouco parecidos a verdadeiros TPCs...( já lhe disse que este aninho até já vai haver uns testezitos... enfim, a ver vamos...) mas na realidade este mês de Setembro vai ser passado no meio de medos e novidades que espero serem boas. Não desejo comemorar o meu aniversário, não desejo gastar dinheiro, acho até que há dias em que não vou sequer desejar sair da caminha.... Tenho tentado investir o meu tempo em outras actividades que possam dar um pouco mais de estabilidade financeira... Uma vez que já trabalho na área da hotelaria há tanto tempo, agora propus-me a fazer a gestão de casas de outras pessoas, gestão de arrendamentos temporários ou por e simplesmente tomar conta das casas se ficarem muito tempo fechadas, housesitting!... A ver vamos no que isto dá, mas que lá experiência eu tenho, ai isso tenho. Já faço a gestão de duas casas, embora sejam de D. Tété, mas a diferença é nenhuma! Por isso se conhecerem alguém que queira deixar nas minhas mãos a trabalheira de contactar com clientes, fazer check ins e check outs, mandar limpar e etc, podem me chamar a mim. Aqui pelo Algarves há muitas casas consideradas casas de férias que até poderiam estar todo o ano com clientes mas os proprietários têm as suas vidas em Lisboa, Porto, etc e não podem vir cá abaixo tratar destas coisinhas. Pois eu trato! Só têm mesmo é de abrir a carteirinha e receberem o dinheirinho que dai vem... Casas vazias também dão despesas e assim cobrem-se essas despesas e ainda se lucra mais qualquer coisinha. E para aquelas pessoas que vão de viagem, seja uma semana ou um mês ou 3 meses e não querem ou não podem levar os seus animais de estimação, pois contem comigo para tomar conta deles na sua própria casa. Estou cá para isso.

Tenho de ser boa para mim e tenho de me ajudar a ultrapassar a crise, tenho de meter as mãos na massa... e já que gosto désta área... vá lá, mandem-me mensagem a perguntar como é.... anahousepetsitting@gmail.com!

domingo, 2 de setembro de 2012

O médico da pulseira...

De repente vejo-me rodeada de fios coloridos, de missangas, de caixas de madeira, cola, etc... Descobri um Psicólogo, Terapeuta, Psiquiatra barato, mudo de conselhos mas que traz alguma paz de espírito. Agora ando a fazer pulseirinhas para a D. Pimpolha e amigas e para mais tarde, nas festinhas da escolinha, D. Pimpolha vender e ficar com os lucros... D. Maridão acha uma graça a este meu novo hobby, que é muito sossegado e poupado visto que nem TV tenho visto logo poupo na electricidade... Tudo começou com um blogg de uma amiga onde a vi a fazer uma pulseira com a sua filhota e logo me deu na veneta de experimentar também, mas como sou garganeira, andei a fuçar tal qual bicho por essa internet a fora e dei com vídeos de como fazer pulseirinhas muito giras, daquelas que vemos à venda nas feiritas, feitas pelos incas, indios ou sei lá eu de onde são eles. Posso me orgulhar de já ter feito até porta chaves com umas argolas que D. Maridão para lá tinha... Até já aprendi a arte de fazer pulseiras com nome!!! Ah pois é!!! Já não vou comprar às bancas, faço-as e pronto. Até me dei ao trabalho de saber como se faziam os Tererés que estão tão na moda e que custam a modica quantia, pelo menos por estas bandas, de 5€! Pois eu, sentei-me no sofá, munida de muitos fios e pimba! Saiu de lá uma pulseira Tereré, que é muito mais prática! Chamo-a de Fake Tereré porque se pode tirar quando já não quisermos mais e ainda se lhe der na cuca, faz do Tereré uma pulseira, isto é é um dois em um muito giro e feito com todo o carinho por sua mamãzinha aqui. O que é facto é que, quando estou embrenhada nos meus fios e porque é preciso alguma concentração senão passo a vida a desfazer nós, tenho passado os serões a não pensar em nadica de nada que era mesmo o que eu estava a precisar...

A nossa primeira caixinha!
E depois de uma visita à Fatacil, também já pintamos uma caixa de madeira e fizemos colagens e pusemos verniz e pronto! Saiu uma caixa personalizada para a D Pimpolha guardar os tesourinhos... se ao menos se pudesse viver destas coisas, juro que ficava rica porque muito me tem agradado fazer estas coisitas!



 E a D. Pimpolha também já sabe fazer... ora observem o inicio do que ficou um porta chaves porque o tamanhinho dos fios só deu para isso mesmo...