sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Na mapetece...!

Sem apetite nenhum para escrever... os dias vão se sucedendo inequivocamente, e eu aqui... levanto-me, preparo-me e à D Princesa, saio de casa e levo-a à escolinha, vou para o trabalhinho, ando por ali a pairar e depois no fim do dia, volto para busca-la, levo-a para casa, fazer o jantar e já está... Bem sei que existem muitos pormenores que poderiam ser contados, mas há dias em que é assim mesmo... sem pormenores dignos de conversa!
Por e simplesmente não tenho tido vontade para escrever... escrever sobre o quê??? Sobre a vidinha, o tempo, o dinheiro ou falta dele... Sim, também os há os dias em que D. Pimpolha está flat e sem ter contribuído para uma só piadazinha... acontece, é a vida dizem vocês que já passaram todos pelo mesmo. Achava que quando fosse grande poderia fazer tudo o que me desse na real gana, convenci-me de que assim seria mas... pois é! Devia ter aproveitado e fazer na altura... agora pesa-me a consciência do dever e não faço nada do que me apetece... Bem, às vezes faço... mas são as pequeninas coisinhas, aquelas que não fazem mossa... Que fazer este fim de semana chuvoso ou pelo menos assim o professam os senhores meteorologistas...?
D. Pimpolha para não variar, tem sempre uma vidinha social bem mais preenchida do que a minha... Catequese de manhã que lhe ocupa literalmente toda a manhã, claro entre acordar tarde, vestir e sair para a catequese, e à tardinha missa...tadinha... mas as amiguinhas também vão e a igreja é já ali... não há como inventar que é longe e por isso não deu vontade de sair de casa. Basta uma corrida e evitamos as grossas pingas de chuva...se chover...
Quanto a mim, a única coisa que de facto sei, é que vou passar o sábado a levar e trazer a D. Pimpolha e nos intervalos, não me vai apetecer fazer nadica de nada... e assim se passa o dia, na lanzeira!!! mas nada de sentir o gostinho de não fazer nada porque a consciência é tramada e pica-nos com os deveres escondidos que deveríamos ter tratado... Que se lixe! Deixem vir a lanzeira e chamem-me preguiçosa e má dona de casa... quero lá saber... no próximo fim de semana há mais tentativas de sermos prolíferas! Hoje é que não me apetece e aposto que amanhã também não vai me apetecer...querem apostar??? Já agora apostem por mim que eu tenho preguiça para me levantar da cadeira!

E com isto é um verdadeiro must repetir este oráculo da verdade... porque ir buscar um novo dá uma canseiraaaaaa......




domingo, 30 de setembro de 2012

Happy Birthday... myself!

Bem, ao que parece o Verão já era, pelo menos este ano tem chovido mais e na praia já não se vêm pessoas, os toldos já vão sendo retirados, já noto mais gentes de sapatos fechados e camisolas com manga comprida, mais bicicletas a pedalar por esse algarve a fora e especialmente em frente à minha varanda. Recentemente virei 38 páginas de vida... Se podia ter feito mais??? Claro que sim, se jurei fazer mais antes mesmo de entrar nos entas??? Pois claro que jurei mas na realidade, na fase em que me encontro, em que não posso planear o futuro por não o conseguir vislumbrar bem, de nada vale jurar para o longe, mais vale mesmo olhar para o agora e ir dando beijos na minha Pimpolha e no Dom Maridão. Fez 38 aninhos dia 27 de setembro em que eu vi o mundo pela primeira vez e que sem saber, me mentiram dizendo que tudo ia ser um mar de rosas. Não vale a pena mentir, só vale a pena dizer que vamos tentar... Não faz mal,´foi uma mentira piedosa e eu perdoo! Passei o dia sossegada, a arrumar e a limpar a casa, a fazer uns truques que tenho aprendido na internet e a preparar um jantar gostoso porque este ano, além de pedir para não me darem nada de presente porque eu tenho quase tudo o que preciso, e o que não preciso, disse que preferia ficar em casa. Mais uma mentira piedosa porque quem realmente quer cozinhar no dia de anos? No dia de anos queremos ir passear, beber um café numa pastelaria qualquer, ir jantar fora com amigos e familiares e ser totalmente e inequivocamente bajulada por todos. Mas com a crise que por aí anda, somos obrigados a pensar na carteira, no equilíbrio e principalmente e infelizmente nas continhas para pagar e por isso mesmo, ficamos em casa. O jantar estava óptimo e passou-se mesmo muito bem. Olhando para trás vejo que os dias de anos afinal não são mágicos como eu achava que deveriam ser ou como eu pensava que seriam sempre. Passamos metade do dia à espera do dito jantar com amigos e a preparar a fatiota e que mais??? Nunca gostei muito do meu dia de anos porque confesso que morria de medo que os meus amigos não aparecessem para o jantar e eu ficaria ali, sozinha e abandonada numa mesa de restaurante, rodeada de cadeiras vazias. Graças aos céus nunca aconteceu mas sempre que estava para fazer anos, voltava o esqueleto do abandono. Sim eu sei, sou muito insegura no que respeita a amizades mas também porque sei que não sou aquela amiga, não ligo aos meus amigos com frequência, não lhes envio emails... enfim não faço a minha parte de amiga. Sempre fui assim e de nada vale pôr a culpa em vidas passadas em que eu teria rejeitado todos e quaisquer amigos e agora estava a pagar por isso... Mas na verdade, hoje e com 38 aninhos, gostei de ficar em casa, fui apaparicada pelo Dom Maridão, recebi as prendas que me puderam dar e que foram inesperadas algumas e que muito me agradaram. Mas mais, recebi o amor de Dom Maridão e D. Pimpolha, sem laços e papel decorativo, sem subterfúgios, simples, limpo e às claras. Claro está que o facto de D. Pimpolha achar que eu fazia 49 anos foi desolador... ainda não percebe destas coisas mas quando for a vez dela, em que eu espero estar por cá para o ver, vou vingar-me e dizer-lhe o mesmo... Brincadeira! Num hora eu fazia 19 e noutra já ia nos 49... não faz mal, a vela não dizia nada e serviu apenas para ela me cantar os parabéns em alemão e para ela soprar.  No fundo e se pesar bem a balança, o dia foi bom, passei como quis e bem me apeteceu. Por isso... PARABÉNS A MIM!

E mais, D. Pimpolha achou que deveria fazer-me um bolo para a posteridade e assim fez, saiu um bolo às camadas feito de lápis de cor e tinta e com uma velinha em cima... que prenda melhor podia eu querer...

domingo, 16 de setembro de 2012

Que triste dia, parte 2, A estrela no Céu!



Já fez um mês que um super miúdo ( desculpa-me mas para mim terás sempre 11 anos...) se foi juntar lá em cima às estrelas que é realmente o lugar dele, ser uma estrela brilhante e sorridente. Infelizmente e muito por causa do que nós todos vivemos, não nos foi possível ir a Lisboa para participar na celebração da missa em seu favor ( desculpa mas não pudemos mesmo ir e tu sabes porquê...), então resolvemos aqui mesmo, tal como sei que muitas outras pessoas o fizeram em outros locais, ir à missa e rezar por ele, pela sua tão bela Alma! Que o Nando é e era uma pessoa especial, eu sei, os pais sabem e todos os que o conheceram, tiveram esse privilégio, o sabem! Que miúdo espetacular!!! Mas nunca pensei que tivesse tantos indícios disso mesmo, eu que sou tão despistada e aluada e por vezes nem acredito em tantas coisas que acontecem... A minha Princesa, que para mim é super especial, e que ainda passou parte da sua tão tenra idade na companhia do Nando, também o sabia especial, porque ele lhe dava carinho, brincadeira, porque se preocupava com ela... de tal maneira que, como já disse, penso que foi o seu primeirissimo Amor, Paixoneta... corava e escondia-se e não queria que ele visse alguma coisa ou que soubesse alguma coisa que ela tivesse feito mal... claro ela só tinha 2 aninhos e sim , nestas idades é possível ter-se um Amor, um amor incondicional, inocente. Um dia, sem mais, iamos no carro e ela virou-se para mim e disse:
- Mãe já dei um recado ao Nando...
De repente nem percebi bem do que ela estava a falar, mas ela continuou...
- Disse na minha cabeça porque ele já não está cá.
Então perguntei o que ela lhe tinha dito...
- Agradeci-lhe por ter brincado comigo e ser bonzinho comigo e disse-lhe que tinha pena do que lhe tinha acontecido.
Fiquei emocionada porque com 7 anos é difícil de dizer a uma criança que uma pessoa que ela conhece morreu e nunca mais a vamos voltar a ver, mas ela ali naquele momento fez-me perceber que ela tinha aceite a morte tão prematura do Nando e a tinha entendido... Claro que fiquei a pensar que foi ele que veio falar com ela para que ela entendesse... e comigo também...
No dia em que soube, no dia em que fiquei chocada até mais não, na rádio tocou uma musica que eu já não ouvia há tanto tempo e que o Nando tinha cantado na no meu casamento, em Karaoke... foi uma despedida, tenho a certeza e mais ainda depois de falar com os pais dele e me terem dito que ele visitou muitas mais pessoas para se despedir...
Ontem, celebrei aquele filho tão especial ao ir passear com a minha doce e rabina Pimpolha, fomos com D. Tété ao Slide &Splash, mas ele passou muitas vezes pela minha mente, como uma saudade... à noite, tal como prometido, fui pôr-me à porta da Igreja a ouvir a missa e os cantigos de cá de fora (porque confesso que não sou muito dada a igrejas...) e também porque tinha levado companhia canina, se alguém adorava animais, esse alguém é e era o Nando, por isso achei que seria um bom tributo a ele. A noite estava fantástica, quente, sem brisa nenhuma, pessoas passavam na rua, umas entravam na igreja, outras saiam... à porta da igreja existem uns holofotes no chão e de cada vez que alguém por ali passava, as suas sombras eram projectadas na parede branca da igreja e ia ficando mais pequenas e mais gordas à mediada que iam entrando, até desaparecerem com os seus "donos", lá para dentro. Da igreja vinham os cantigos e lembro-me de ter pensado que são muitas as pessoas que ali vão e que cantam mesmo sem saber cantar e que bonito que fica o conjunto de vozes, quando sózinhas são muitas vezes uma desgraça. Apareceram crianças a fazer festas aos cães e de repente eu lembrei-me de olhar para o céu escuro para o ver, porque para mim ele é uma estrela e recordo-me de ver Vénus, tão brilhante ali parada e de haver muito poucas estrelas bem visíveis, o que até era estranho porque a noite estava limpida, sem nuvens e o seu tão escuro e de repente surgiu uma estrela! Era uma estrela cadente! Ela surgiu do nada, deixou o seu rasto no céu escuro, um rasto pequeno, de 18 anos, e explodiu tal qual um foguete pequeno. Fiquei sem ar... tive a certeza de quem por ali tinha passado. Se estou a ler nas entrelinhas não sei, se foi mera coincidência de eu estar a pensar no Nando como uma estrela e ele ali estar, também não sei... Não me fiz rogada e agradeci-lhe, a ele e a Deus e fiz um desejo ao mesmo tempo que me emocionei... É que não me lembro há quanto tempo eu não via uma estrela cadente, acho mesmo que nunca vi de facto, ou se vi, garanto-vos, não era como esta estrela. Esta apareceu e desapareceu tão depressa que tive a certeza que ali só eu a vi... Obrigada Nando!

Nada pode fazer suportar a perda de alguém, nada pode compensar a perda de um filho, nada... mas gosto de pensar que o tempo que o Nando cá esteve, serviu para melhorar as nossas vidas, as nossas maneiras de pensar, os nossos corações de uma maneira ou de outra mesmo que nós não nos tenhamos apercebido disso, porque ninguém entra e sai da nossa vida sem deixar uma mossa, uma marca indelével! Ele foi assim para mim! E sei que para tantos outros também!

Um beijo grande!!!

sábado, 8 de setembro de 2012

Fat lady in the water yeh yeh!!!

    Como toda a mulher passo metade da vidinha preocupada com o que como e com o meu peso. Nunca fui lingrinhas e agora muito menos. Ando sempre danada comigo mesma por não conseguir perder peso, por me olhar ao espelho e ver uma figura que não pertence ao meu imaginário, é real e não há muitas voltas a dar. Quer dizer, há a ginástica e coisas que tais que eu não sou nada fã, demasiado preguiçosa para fazer sozinha e aqui nos Algarves não encontro ninguém que me consiga cativar a ir regularmente a um qualquer ginásio, ainda para mais os melhores são longe e custam rios de dinheiro que sei que vou desperdiçar quando começar a arranjar desculpas para não ir! Logo, os kilinhos chegam e ficam... Mas esta semana fui até à dona balança lá da farmácia, porque a minha está algures escondida e ainda bem, e quando vi o resultado naquele papelinho fiquei espantada agradávelmente mas com um certo sabor amargo. É que descobri que tinha emagrecido e não tinha sido só um kilito, foi mais que isso, consegui finalmente passar para baixo da linha dos 70!!! O gosto amargo deve-se ao facto de nada ter feito a nível ginastical para que isto acontecesse, bastaram-me as preocupações para ficar sem vontade de comer e pronto. Se eu soubesse antes aquilo que sei hoje... lembro-me bem de me olhar ao espelho e chorar por achar que estava gorda, com rabo e ancas... mas na realidade e olhando para fotografias antigas, eu não estava nada gorda, estava no ponto e em vez de me ter apreciado assim, perdi o meu tempo a lamentar-me assado!!! Hoje deixei de ligar tanto a isso, até porque Dom Maridão professa o seu amor às minhas gordurinhas vezes sem conta, mas no fundico ainda mói... Óbvio que fiquei satisfeita, não surtiu grandes efeitos a nível de roupa porque eu recuso andar vestida com coisas super apertadas e como tal, o que já servia, passou a servir ainda melhor. Aliás, redescobri uma saia branca de ganga comprada no Brasil, quando eu ainda andava no maravilhoso mundo das nuvens e dos aviões, que ainda me serve! Pronto, quando a comprei já era grande porque não tinham o meu exacto número e eu queria mesmo a saia e pronto! Hoje visto-a orgulhosamente, pois sem ninguém saber, sinto-me satisfeita por ainda a conseguir usar. (ok, agora já sabem...)
Este foi o meu primeirissímo verão em que me recusei a vestir bikini por considerar que ninguém é obrigado a mirar o meu corpo apertado naqueles fios das cuequinhas dos bikinis... passei ao fato de banho e deixei o desgosto para trás! Mas olhem que estando eu sentada ou deitada nas quentes areias algarvias, vi com cada coisa que me fez querer voltar para casa e ir buscar os meus bikinis porque de certeza eu estava em melhore estado que aquelas!!! Anda muito na moda o quero lá saber! à frente fica minimamente giro, então atrás que se lixe! Cheguei a ver senhoras que aparentavam estar nuas porque as barrigas eram tão grandes que positivamente tapavam a mini cuequinha e de trás... Oh My God! Quantas bundas enormes, flácidas e disformes tive de aguentar! Sim porque antigamente só as raparigas mais novas e giras e com corpos para tal usavam o dito fio dental ou parecido, hoje vêm-se mulheres feitas, com filhos nos seus 30s e 40s, cheias de celulite e de rabos beeeem grandes a usar o dito cujo, então passeam-se como se nada fosse pelos areias, fazendo as delícias dos senhores idosos e sendo tópico de conversa do resto do mundo! Dizia uma amiga minha "- Oh pelo amor de Deus! Mas porque é que tenho eu de levar com o rabão daquela??? De facto ninguém deveria ser obrigado a ver aquilo! Se estivessemos num filme e as imagens passassem em slow motion, aquilo era de chorar a rir com as duas bochechas gigantescas a rebolarem de um lado para o outro... Enfim! Os pudores foram todos à vida! Acham que estou a criticar de mais? Eu não, andem como quiserem e façam como entenderem mas que aquilo é uma autêntica visão Dantesca, ai lá isso é!


Fazer pela vida...

Este mês de Setembro deveria ser de alegria, pelo menos para mim que nasci neste mês... a escolinha da D. Pimpolha começa e com ela uma nova vida porque D. Pimpolhinha já vai para a 2 classe e acabaram-se aqueles TPCs tão pouco parecidos a verdadeiros TPCs...( já lhe disse que este aninho até já vai haver uns testezitos... enfim, a ver vamos...) mas na realidade este mês de Setembro vai ser passado no meio de medos e novidades que espero serem boas. Não desejo comemorar o meu aniversário, não desejo gastar dinheiro, acho até que há dias em que não vou sequer desejar sair da caminha.... Tenho tentado investir o meu tempo em outras actividades que possam dar um pouco mais de estabilidade financeira... Uma vez que já trabalho na área da hotelaria há tanto tempo, agora propus-me a fazer a gestão de casas de outras pessoas, gestão de arrendamentos temporários ou por e simplesmente tomar conta das casas se ficarem muito tempo fechadas, housesitting!... A ver vamos no que isto dá, mas que lá experiência eu tenho, ai isso tenho. Já faço a gestão de duas casas, embora sejam de D. Tété, mas a diferença é nenhuma! Por isso se conhecerem alguém que queira deixar nas minhas mãos a trabalheira de contactar com clientes, fazer check ins e check outs, mandar limpar e etc, podem me chamar a mim. Aqui pelo Algarves há muitas casas consideradas casas de férias que até poderiam estar todo o ano com clientes mas os proprietários têm as suas vidas em Lisboa, Porto, etc e não podem vir cá abaixo tratar destas coisinhas. Pois eu trato! Só têm mesmo é de abrir a carteirinha e receberem o dinheirinho que dai vem... Casas vazias também dão despesas e assim cobrem-se essas despesas e ainda se lucra mais qualquer coisinha. E para aquelas pessoas que vão de viagem, seja uma semana ou um mês ou 3 meses e não querem ou não podem levar os seus animais de estimação, pois contem comigo para tomar conta deles na sua própria casa. Estou cá para isso.

Tenho de ser boa para mim e tenho de me ajudar a ultrapassar a crise, tenho de meter as mãos na massa... e já que gosto désta área... vá lá, mandem-me mensagem a perguntar como é.... anahousepetsitting@gmail.com!

domingo, 2 de setembro de 2012

O médico da pulseira...

De repente vejo-me rodeada de fios coloridos, de missangas, de caixas de madeira, cola, etc... Descobri um Psicólogo, Terapeuta, Psiquiatra barato, mudo de conselhos mas que traz alguma paz de espírito. Agora ando a fazer pulseirinhas para a D. Pimpolha e amigas e para mais tarde, nas festinhas da escolinha, D. Pimpolha vender e ficar com os lucros... D. Maridão acha uma graça a este meu novo hobby, que é muito sossegado e poupado visto que nem TV tenho visto logo poupo na electricidade... Tudo começou com um blogg de uma amiga onde a vi a fazer uma pulseira com a sua filhota e logo me deu na veneta de experimentar também, mas como sou garganeira, andei a fuçar tal qual bicho por essa internet a fora e dei com vídeos de como fazer pulseirinhas muito giras, daquelas que vemos à venda nas feiritas, feitas pelos incas, indios ou sei lá eu de onde são eles. Posso me orgulhar de já ter feito até porta chaves com umas argolas que D. Maridão para lá tinha... Até já aprendi a arte de fazer pulseiras com nome!!! Ah pois é!!! Já não vou comprar às bancas, faço-as e pronto. Até me dei ao trabalho de saber como se faziam os Tererés que estão tão na moda e que custam a modica quantia, pelo menos por estas bandas, de 5€! Pois eu, sentei-me no sofá, munida de muitos fios e pimba! Saiu de lá uma pulseira Tereré, que é muito mais prática! Chamo-a de Fake Tereré porque se pode tirar quando já não quisermos mais e ainda se lhe der na cuca, faz do Tereré uma pulseira, isto é é um dois em um muito giro e feito com todo o carinho por sua mamãzinha aqui. O que é facto é que, quando estou embrenhada nos meus fios e porque é preciso alguma concentração senão passo a vida a desfazer nós, tenho passado os serões a não pensar em nadica de nada que era mesmo o que eu estava a precisar...

A nossa primeira caixinha!
E depois de uma visita à Fatacil, também já pintamos uma caixa de madeira e fizemos colagens e pusemos verniz e pronto! Saiu uma caixa personalizada para a D Pimpolha guardar os tesourinhos... se ao menos se pudesse viver destas coisas, juro que ficava rica porque muito me tem agradado fazer estas coisitas!



 E a D. Pimpolha também já sabe fazer... ora observem o inicio do que ficou um porta chaves porque o tamanhinho dos fios só deu para isso mesmo...

domingo, 19 de agosto de 2012

Best Friend Bands, pulseiras da amizade...




Só mais uma...

Como hacer pulsera de hilo redonda (round wire bracelet)



AS duas vamo-nos divertir a fazer esta...

Nó de macaco a 2 cores...



as possibilidades...

Fazer um nó...que é como quem diz uma bolinha...!




E mais um...lá sabia eu que dentro daqueles nozinhos estão berlindes...?

Como fazer uma pulseira com o nome...



Olha mais uma para nós experimentarmos... um pouco mais dificil, mas de ver estes videos já estou a ter ideias....

Pulseras de macramé



Olhem como me vou divertir com a D. Pimpolha a fazer pulseirinhas...

Festinha VS trabalhos manuais a duas...

É complicado viver no Algarve em pleno verão por causa das festas todas e das feiras e dos concertos e sei lá eu que mais. Ontem foi dia de Fatacil e de BossAC... Muito difícil de deambular por ali com a mão na carteira bem fechada para não gastar... Escusado será dizer que não consigo de lá sair sem comprar alguma coisinha mas desta vez foi tudo para a minha pimpolha. Compramos uma caixinha de madeira para ela pintar e depois fazermos umas colagens giras e a caixinha simples vira caixinha de jóias da D. Pimpolha. Já está em pulgas para o fazer! Ontem já passava da meia noite e pensava que ia chegar a casa e ia poder começar de imediato... Há tempo digo eu, mas haverá mesmo? Passo tão pouco tempo com ela... Durante a semana muitas são as vezes em que nem a vejo de manhã porque está a dormir e só quando chego ao fim da tarde tenho um vislumbre do que é ter uma filha. Depois venho tão cansada que nem me apetece ir fazer nada... E depois ainda tenho de decidir, ou saio e tento me divertir com ela e esqueço tudo aquilo que tenho de fazer lá por casa que já está e muito acumulado, tipo roupa para lavar e passar, casa para limpar e arrumar, camas para trocar...sei lá que mais... Mas se me dedicar a estas tão chatas coisas mas necessárias, mais uma vez não há tempo para ela! Então ontem resolvi fechar os olhos a tudo, deixei Dom Maridão em casa a trabalhar, porque também ele tem destes dilemas porque quando fica com ela em casa, que são todos os dias, quase não consegue trabalhar pois ela é muito absorvente do nosso tempo, e quando eu vou à prainha com ela ou a outro lado qualquer, ele fica em casa para por as coisas do trabalho em dia. O que significa que só algumas vezes nos vêm aos 3 ao mesmo tempo... Mas ontem fui à praia ter com uns amigos e até levei a máquina que já tem pó em cima de tão esquecida que anda. Aproveitei que os amigos tinham ido almoçar a casa e me deixarem sozinha a açambarcar o seu toldo e saquei da máquina e tirei-lhe umas fotos giraças. Quando cheguei a casa e fui ver, senti o que sempre sinto... não lhe tiro fotos suficientes para ver todos os estágios de crescimento, e nem me interpretem mal, temos fotos a deitar pelos olhos em todo o lado, mas nunca me parecem suficientes...  Nadamos, brincamos, ela leu o seu livro da moranguinho, já vai lendo melhor e sem tantos solavancos, e durante umas horas as coisas assim correram, preguiçosas como se não houvesse mal nenhum no mundo e fosse sempre assim... Claro hoje, de volta ao trabalho, assim que cheguei fui brindada por problemazinhos, típicos e que estão sempre a acontecer, mas que me enervam por não deixarem passar um dia que seja sem aparecerem de algum canto.
E ainda hoje tenho de decidir se me apetece ir a uma festinha de anos de uma amiguinha, ou se vou para casa... Ela merece a festa, eu sei, mas este ano têm sido muitas as festinhas e confesso já começar a estar fartinha... não por causa dos miúdos, mas porque não me apetece fazer sala e conversa com outros pais, culpa minha e da minha falta de paciência por tudo o que está a acontecer e vai ainda acontecer... Nunca imaginei a ternura dos 40 a chegar e eu nesta posição... Ainda faltam uns anitos para os 40 e pessoalmente nem me sinto com 30s.... mas os anos não perdoam e vão passando assim como os dias inevitavelmente o fazem sem dó nem piedade... quer queiramos quer não, as horas passam mesmo que não façamos nada para isso e quando damos por ela, já passou o dia e não fizemos nadica de nada.
O verão já vai a meio e daqui a nada chega setembro, tenebroso setembro com gastos extras e notícias esperadas e inesperadas e escola e rotinas e muito pouco descanso e férias à viste nem por isso... Este tem sido um ano muito complicado com perspectivas ainda mais complicadas. Mas tenho constantemente de me lembrar de que ela não tem culpa de nada, que é inocente, que nos ama quer lhe demos as coisas que pede, quer não lhe demos, que nos abraça com a mesma força, que nos beija com a mesma intensidade mesmo quando nos zangamos com ela. Ontem dei muitos beijinhos e abracinhos e disse-lhe muitas vezes que a amava, elogiei-lhe o penteado que lhe fiz, tão doce e inocente, uma trança com dois ganchinhos de borboleta... estava tão mimosa, tão minha, tão menina... quem sabe hoje vamos baldar-nos à festa e ficar em casa a fazer trabalhos manuais só nós as duas...

Conversando com Deus!

Nunca fui muito de ir à igreja e de me confessar, aliás confesso que não tenho a mínima paciência para lá ir, ouvir os sermões do Sr Padre que são todos tiradinhos dO Livro e que muitos , hoje em dia, já nem têm cabimento, outros ainda vão conseguindo adaptar. São muito poucos os Srs Padres que conseguem cativar aquela gente, mas quando digo cativar é fazê-los de facto entender o amor e o perdão e fazê-los sair dali com vontade de mudar para melhor. Muitos são os que lá vão por imposição, dos pais, da sociedade, porque só ali revêm amigos, enfim... Fui baptizada e fiz a minha primeira comunhão. Claro que para mim aquilo foi uma festa mas não gostei mesmo nada de ter ido ao confessionário, coisa obrigatória mesmo para uma criancinha da 4 classe que segredos e pecados têm muito poucos. Mas mesmo com esta memória de peixinho de aquário, que é o mesmo que dizer, nenhuma, eu me lembro de ter sido quase que obrigada a mentir ao SR Padre para arranjar pecados porque quando confrontada com a pergunta, não me lembrava de nenhum a não ser que me tinha portado mal por não ter feito ou obedecido à minha mãe e por lhe ter mentido... mas o senhor sentado do lado de lá do confessionário ficou zangado (imagine-se!!!) por eu não conseguir produzir mais e melhores pecados... Isto é completamente ridículo mas pronto, fiz a minha primeira comunhão na mesma e ainda me lembro do meu par ter sido o Diogo...
Hoje em dia confesso de novo que embora more mesmo atrás da igreja, não vou lá. Primeiro porque desgosto do SR Padre que está nesta igreja e que é demasiado moralista e paternalista para meu gosto. Uma vez e durante uma missa para a minha avó que tinha falecido, daquelas de 7 dia em que nós vamos lá dentro e "pagamos" para que o Sr Padre a dada altura diga o nome do nosso ente querido, assim como quem anuncia os vencedores de um qualquer concurso sem muita importância, virou-se e disse que tínhamos de ter pena daqueles que procuravam conforto noutras igrejas que não a católica porque com certeza não eram bons da cabeça, tipo atrasados mentais dos quais tivéssemos que ter pena porque não sabiam melhor... Por favor! Fiquei indignada por ver o nome da minha avó no meio de textos tão, tão, idióticos para não dizer pior! Ainda para mais D. Tété cresceu quase no meio deles, que é como quem diz. Lá na quinta era onde se faziam as hóstias ( que pelos vistos a minha mãe tinha muito gosto em ir roubar porque eram gostosas e na altura as melhores bolachinhas que uma criança podia arranjar, ainda para mais proibidas...) e onde vários srs Padres iam para se reunir e fazer planos para procissões e coisas do género e a D. Tété lembra-se bem de, escondida, ouvi-los comentar confissões, sem nunca dizer os nomes dos que se tinham confessado, está claro, mas naquela altura e com tão poucos e conhecidos fiéis, era óbvio que ficavam a saber tudo da vida dos outros. Se por um lado eu ache que eles têm de descomprimir por algum lado pois penso que não seja nada fácil ir contra a natureza humana de partilhar a vida, o amor e o corpo com outro ser humano de outro sexo, por outro lado achei isto tudo uma escandaleira. Não por partilharem confissões, mas por agirem de uma maneira junto aos fiéis e projectarem um imagem santa e digna de ouvir os nossos mais terríveis segredos, e depois por trás serem tal e qual como todos nós, com as mesmíssimas vontades e necessidades... Prefiro os Padres das igrejas que lhes permitem casar e ter família porque só assim sabem bem o que se passa dentro de uma casa e como aconselhar ou pelo menos tentar.... Uma vez li sobre um dilema gravíssimo, como sabemos todos a igreja condena o uso do preservativo, mas acontece que um casalinho novo, acabado de casar, descobriu que se tivessem filhos, estes teriam grandes probabilidades de ou morrerem à nascença ou de nascerem mas com grandes deficiências. Ora como a igreja condena o uso de qualquer tipo de contraceptivo e não permite o divórcio, vamos todos parar ao inferno, o tal casal muito devoto e de famílias devotas não sabia o que fazer. Não podiam usar nada, não queriam ter filhos nestas condições, não os podiam ir ter com outras claro, olha o adultério e por último não se podiam divorciar e tentar a sorte com outra pessoa cujo sangue fosse compatível...
Mas uma coisa devo aqui confessar. Quando me sinto mesmo muito aflita, quando preciso mesmo muito e mesmo não acreditando num velhinho sentado num trono lá no céu, acredito em outras coisas, viro para ele a minha atenção e rezo com todo o fervor que consigo. Muitas são as vezes em que penso ter sido atendida... Coincidências...talvez... às vezes até se tratam de coisas bem simples mas que me fazem achar que se calhar, até me ouviu e me beneficiou...
Uma vez D. Tété muito aflita pediu ajuda a Deus....e ele não só a ouviu como ela acha que ele veio ter com ela em carne e a ajudou... e ele disse, A Sra não me pediu ajuda? Não chamou por mim? Então eu estou aqui! Naquele momento ela não percebeu mas mais tarde e de cabeça mais calma pôs-se a pensar e ainda hoje jura que era Ele! Perguntei-lhe se se lembrava de como Ele era e ela disse-me que não tinha prestado atenção, tão doente que estava... Claro que prefiro mil vezes pensar que assim foi e que ela é e foi abençoada do que pensar que lá para cima não está mesmo nada... mas é cada dia mais difícil de aceitar as coisas que vemos a acontecer, como é que Deus permite tais atrocidades? É por que numa outra vida qualquer já fizemos sofrer assim e agora devemos ser nós a sofrer? Acho que a minha alma se debate muitas vezes com estas questões e tanto acredita como não acredita em Deus e no Diabo, no céu e no inferno... para mim o inferno é este na terra, mas quem sou eu para o afirmar...
Mas que é um facto que quando me sinto com medo e aflita eu rezo para ele, lá isso faço. Faz-me sentir um pouquinho mais tranquila...
Mas se pudesse conversar com Deus, assim como aconteceu a D. Tété, gostaria de lhe perguntar algumas coisinhas, tentar com que me convença de que o que acontece tem de acontecer...

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Que triste dia!

Hoje acordei a ler uma mensagem que me enviaram e que me despertou de imediato e me fez quase que pular da cama. Imediatamente acordei Dom Maridão e li o que me tinham enviado. Morreu um miúdo de 18 anos! Um miúdo que conheci numa época da minha vida mais feliz e diferente, quando ainda vivia em Lisboa e quando do nada encontrei numas pessoas, amizade e muito humor! Os meus vizinhos da frente! Sempre tinha vivido em plena Lisboa e raros eram aqueles que no meu prédio conhecia, à excepção de duas vizinhas da minha idade e dos seus pais. Talvez mais pessoas do que muita gente conhece em toda a sua vida no seu, prédio... Quando me mudei para os subúrbios, adorei a experiência mas ainda faltava saborear aquela coisa dos vizinhos se cumprimentarem todos, de falarem todos, de trocarem receitas, chás, sei lá, vivências. Isso aconteceu quando vieram morar para a nossa frente um casal com um miúdo, o Nando! Os trés eram super sociáveis e o pai super falador, tanto que gradualmente foi entrando na nossa vida, com as suas conversas sobre o seu trabalho, era militar agora já reformado, da sua esposa, uma brasuca super simpática,  magrinha e com uma adoração pelo filho, marido e patinagem no gelo. O Nando foi entrando na nossa casa por causa dos nossos cães, foi se mostrando um miúdo fantástico, muito brincalhão, fruto de uns pais tão equilibrados e divertidos. Fomos sendo convidados para o serão deles, para falar, beber chazinho, comer um bolinho... Fui aprendendo com aquela família a gostar de ali estar e fiquei-lhes muito grata por me terem porporcionado aquilo que sempre tinha desejado. Ter vizinhos, falar com eles, privar com eles e acima de tudo, divertir-me e passar um bom momento com eles. Fui conhecendo aquela família que estava de algum modo longe da própria família, uns no Brasil, outros no Norte, mas com muitos amigos e fui-me sentindo parte da sua família. O que me sabia bem ir até lá e beber um chazinho e conversar, vi e a modos que participei na vida escolar daquele miúdo, das idas frenéticas todos os fins de semana para os escuteiros... Ele era assim! Conseguia com aquele sorriso e candura fazer amigos. Rápidamente conheceu mais o vizinho de trás e tornaram-se amigos, os vizinhos de baixo, os de cima...todos sabiam quem ele era porque ele falava com todos e mesmo aqueles mais resistentes, aqueles que apenas queriam viver a sua própria vida e não tinham interesse em conhecer aquele miúdo vizinho, acabavam por se render. A ele e a toda a sua família. Hoje é das coisas de que mais tenho saudades, dos meus poucos, muito poucos amigos mas bons amigos e dos meus vizinhos, também eles bem dentro do meu ciclo de amigos. Quando eu e Dom Maridão casamos, eles obviamente também foram convidados e ainda hoje me lembro do Nando a brincar com os outros miúdos e com uma rapariga que tínhamos contratado para tomar conta dos miúdos. Lembro-me de ele ter ficado danado por não ter conseguido levar o ovo na colher e a colher na boca sem deixar cair o ovo, tudo porque queria ser o primeiro a chegar à meta... Quando fiquei grávida ia muitas vezes desabafar com a mãe dele e ele estava lá sempre, com aquele sorriso do qual nunca me vou esquecer. Quando a D. Pimpolhinha nasceu, eles estavam lá, ele brincava com ela, mesmo com a diferença de idades que tinham, o Nando sempre tinha um sorriso e uma brincadeira para com ela, de tal maneira que ela tinha uma adoração por ele, o Nhando, como ela lhe chamava. Depois viemos para o Algarve e a distância, o trabalho, a ociosidade da nossa parte fez-nos falar cada vez menos uns com os outros e disto me arrependo e mesmo muito. Eles ainda cá vieram ver-nos, lembro me de lhe ter oferecido um skate esquisitissimo, pequenino e ele e a mãe, em pleno Portimão, a experimentar e a andar naquela coisa enquanto D. Pimpolha andava na bicicleta nova que os padrinhos lhe tinham oferecido, os pais dele. Na altura tinha uma grande cabeleira, fruto da moda do momento mas ficava-lhe bem, dava-lhe um ar rebelde sem de facto nunca o ser. Que eu saiba sempre foi um bom filho e responsável. A vida e o mundo da mão e do pai que não quiseram mais nenhum filho por razões que só a eles dizem respeito. Sempre lhe achei graça e acho que ele gostava de mim, falava e brincava muito comigo. Às vezes vinha ter comigo e pedia um leite com chocolate mas com espuma, feita com um aparelhinho especial que ele gostava de usar... passamos muitos serões juntos dos quais agora me recordo com avidez. A última vez que o vi, tive de ir a Lisboa com D. Tété para ela ir ver a mãe dele, já que é dentista e tinha caido um dente à D. Tété. Fomos até ao novo consultório e a mãe ligou-lhe de imediato para ele vir ver a D. Pimpolha e para nós o vermos. Enquanto esperava que ele chegasse e como a mãe tinha dito que ele agora tinha mota e que trabalhava numa pizzaria a distribuir pizzas, fiquei à espreita a ver se o via. Apareceu um miudo e eu achei que era ele. Não era, estava a imaginá-lo mais jovem, mas esqueci-me que a vida não para e que ele já tinha crescido mais um bocado. Já não era aquele miúdo que eu conheci, mas um jovem adulto. Quando ele apareceu fiquei espantada. Alto, bonito, responsável...até tive vergonha de ter pensado que momentos antes ele era aquele outro. De cara estava igualzinho! Fomos tomar um café e a D. Tété, que tinha levado a máquina fotográfica, insistiu em que D. Pimpolha tirasse uma fotografia com o seu Nhando...D. Pimpolha confessou-me na casa de banho que estava envergonhada por causa dele, acho que houve um momento na sua ainda muito jovem vida que ela gostou dele... Lembro-me que insitiu em pagar o lanche e eu, embasbacada por aquele já não miúdo me querer pagar um lanche, recusei claro e paguei eu... Despedimo-nos e voltamos para o Algarve. A vida foi rolando como tem de rolar e ontem, a cerca de 100 metros de casa, foi abalroado por um carro na sua faixa de rodagem, um carro em contra-mão! Merda para isto!

Nando, adorei conhecer-te! Merecias muito mas mas sei que embora tenhas partido nesta altura tão jovem da tua vida, que viveste uma vida saudável, amado pelos teus pais, familiares e amigos... Nando, vou ter saudades mesmo que nestes últimos anos não tivessemos tido o contacto que deveriamos ter tido... Nando vou-me lembrar de ti! E rezar por ti! Gi e A....não há palavras... apenas lamentos....

domingo, 12 de agosto de 2012

Mãe de quem é que tu gostas mais?

E ontem chegou de mansinho mas de chofre a bela da pergunta mesmo em frente ao papá." Mãe de quem é que tu gostas mais?"  Don Maridão começou logo a dizer que estas perguntas não se faziam, eram feias mas para D. Pimpolha são de facto perguntas muito importantes. Anda na fase da ciumeira, os papás não podem dar um beijinho sem que ela reivindique um só para ela também. Faz mesmo beicinho e bate o pé. Eu respondi que gostava mais dela porque era minha, porque eu a tinha feito, porque era a minha princesinha mas Don maridão continuava na sua de que não eram perguntas próprias então ela virou-se ao contrário na cadeirinha, cruzou os braços, pôs a sua carinha mais tristonha à beira das lágrimas e disse em tom zangado " Então também já não digo de qual de vocês os dois eu gosto mais! 
Eu concordei com o papá de que não deveria dizer mas secretamente fiquei curiosa e com vontade de lhe perguntar ao ouvidinho se sou eu a contemplada...é que D. Pimpolha tanto diz que me ama a mim incondicionalmente como ao seu papá adorado!
Muitas são as vezes em que ela começa a cantarolar uma musica qualquer inventada por ela, onde professa o seu amor aos seus pais e a mim em especial e eu fico a pensar na sorte que tenho por esta princesa, mesmo eu não tendo tempo e nem a paciência que deveria ter, me adorar assim!
Claro está que a todos acontece, de quem é que nós gostamos mais? Das nossas mães ou dos nossos pais? Secretamente e bem lá no fundo temos a resposta para esta pergunta mas como fomos ensinados para não divulgar estas coisas, dizemos que gostamos dos dois de igual maneira. Com os filhos é a mesma coisa. Acredito piamente, embora não o possa comprovar visto que só tenho uma pimpolha, que haja sempre um filho pelo qual temos uma preferência, talvez por ser o primeiro, ou por ser o caçula da família, não querendo dizer com isto que em alguma maneira os pais diferenciam os filhos, ou pelo menos não o deveriam fazer. Bem sei que podemos gostar de maneiras diferentes mas como os amamos essas pequeníssimas diferenças não se notam em nada porque são tão amados uns como são os outros. Mas convenhamos e bem sei que estão a abanar a cabeça e a dizer que não e que só estou a dizer disparates porque não tenho base de comparação, mas sejam verdadeiros e vão ver que há um que vocês gostam um bocadinho mais sem no entanto alguma vez o transparecer. Eu sei que assim é porque são muitas as famílias que conheço em que isto é perfeitamente visível e palpável, mais do que o deveria ser e no entanto os  pais dariam as vidas por qualquer um dos seus filhos! Por isso esta pergunta de D. Pimpolha não me surpreende. E de facto se eu for a dizer em relação aos meus pais de quem gosto mais, teria sempre que dizer que da minha mãe com quem passei sempre mais tempo, que me cobria as saídas nocturnas, que me dava carinhos quando o meu pai se enfurecia comigo, que estudava comigo, que me fazia todas as vontades... sei lá mas nunca poderia dizer que gosto menos do meu pai. è diferente, um gostar diferente mas um gostar igual. Difícil de entender? Olhem bem para dentro de vós e vão entender. Até mesmo a D. Tété já confessou que adorava o seu pai que morreu quando ela era pequena e que se lhe perguntasse na altura, ela teria dito que preferia que tivesse sido o contrário e quem a conhece e viu com a minha avó nunca o diria porque a sua adoração pela sua mãe era total e absoluta e muito sofreu quando a minha avó se tornou anjo e foi para o céu.
Agora, para responder à pergunta de D. Pimpolha, e amor eu amo-te mesmo muito, só posso responder que de quem eu gosto mais é mesmo da minha preciosa Pimpolha! Porquê? Não sei! Se a diferença se nota entre Dom Maridão e D. Pimpolha, uns dias sim, outros não...
Uma vez conheci uma rapariga que me jurou a pés juntos que seria do marido de quem ela iria gostar mais porque o tinha escolhido e porque os filhos saem de dentro de nós já condicionados a gostarem de nós e nós deles... será?
Mas não faz mal gostarmos mais de uns do que de outros, desde que lhes demonstremos que gostamos e que os amamos... e que não tenhamos problemas em o dizer em voz alta ou mesmo ao ouvidinho em segredo!


 

As fotos dos outros...

Custa-me à brava ver as fotografias que os outros vão colocando na internet para toda a gente ver das férias bem passadas quando aqui a je não as pode ter. Bem sei que é feio ter inveja mas não consigo reprimir este sentimento quando D. Pimpolhinha sobe para a minha cama de manhãzinha e me pede em tom choroso que fique com ela em casa e que vá com ela até à praia. Tenho de lhe dizer que não posso, que tenho de ir trabalhar e ela coloca o seu braçinho à minha volta bem apertado e não me quer deixar partir. Custa-me mesmo muito porque daqui a nada é Setembro e ela começa as aulas e eu não vou poder ir com ela dias seguidos para a praia ou piscina. Até aqui tem havido umas almas bem caridosas que a têm levado com elas e a têm aturado, mas como ela diz, não é a mesma coisas. Fica ali a olhar as amiguinhas com as suas respectivas mamãs e papás a devotarem tempo para elas e a minha princesa sem se poder agarrar a alguém para fazer as mesmas brincadeiras. Claro que lhe passa e continua a desfrutar da prainha ou da piscina mas depois, e nos raros momentos em que decidimos as duas ir apanhar um solzinho, D. Pimpolha escolhe ir só comigo. No outro dia, cheguei do trabalho, peguei na minha preciosa filhota e fomos as duas até à praia mesmo em frente a nossa casa. Levei chapéu e tudo e, apesar da água estar geladíssima, lá entrei com ela e enquanto ela andava com os seus óculos novos de mergulho que Dom Maridão lhe ofereceu, eu andava por ali a puxar o pézinho, a brincar com ela. No fim, confessou-me que tinha adorado estar só comigo na praia. Soube bem ouvir e nem por isso porque significa que estes momentos têm sido tão poucos, que ela os está a contabilizar e o que qualquer pai quer, é que os nossos filhotes percam a conta às coisas boas da vida e não as tenham de contar para não se esquecerem. Ainda por cima tenho andado tão cansada que a paciência já se esgotou há muito tempo e quando, naqueles raros momentos em que tenho tempo para descansar e estar com ela, dou por mim a dormitar e assim se passa o dia, comigo a descansar a cabeça em vez de ir brincar com ela. Também não admira. Todas as noites têm sido passadas entre o adormecer e o acordar com o coração tão apertado que até parece que vou ter um ataque cardíaco, tal são as minha milhentas preocupações que com o passar do tempo não melhoram e nem diminuem, pelo contrário. Bem tento não passar a minha angustia para ela mas tem sido deveras difícil. Ontem fiquei o dia inteiro em casa e D. Pimpolha lá deve ter percebido que a mamã precisava de dormir e passou o dia no quarto a ver desenhos, a fazer obras de arte a até a arrumar o meu quarto. Hoje tive de vir trabalhar mas faço questão de quando voltar, pegar nela, esquecer a minha vontade de me esticar sem nada fazer, e vamos até à praia, porque ainda não se paga para ir e porque ela merece uns miminhos da mãe...

domingo, 5 de agosto de 2012

As autoridades deste país...

Ora Ora! Este sábado resolvemos, toda a família ir passar um dia à piscina com uns amigos, e que bem que soube! Pude deixar de lado todos e quaisquer problemas e apenas apreciei o pouquíssimo barulho que havia na piscina, o sol ( bem na verdade podia ter apreciado menos o nosso astro rei porque me esqueci de colocar o dito protector solar e agora pareço uma bifa morena!!!), e as brincadeira de D. Pimpolhinha. Claro que não há bela sem senão. O dia estava pacifico e assim ficou pelo menos até ao fim da tarde quando recebi a notícia de que D. Tété estava a ser autoada... Problema é que estava parada há já algum tempo num sítio onde apenas permitem cargas e descargas, depois como tinha mudado de mala esqueceu os documentos do carro na outra e ainda por cima, tinha o selo do seguro no carro mas não colocado no vidro.... a ver vamos a quantificação disto tudo. Mas o problema maior foi mesmo as duas agentes da autoridade, dois mocinhas novas com ar de quem entrou recentemente na bela instituição policial GNR que foram do mais desagradável e agressivo! Que eu saiba somos todos inocentes até prova do contrário e D. Tété, embora tenha realmente falta daquelas coisas todas, não é nenhuma criminosa fugida à polícia para ter sido tão mal tratada pelas meninas. A meu ver, na minha mais modesta opinião que vale o que vale, são raparigas orgulhosas de terem entrado na GNR, que enchem o peitinho de ar para dizer à boca cheia que pertencem àquela instituição e agora estão a querer dar nas vistas e a querer impôr o respeito mas pela via mais perigosa que é a da intimidação! Chegaram a dizer em modos bastante rudes que " Nunca mais a quero ver aqui!!! Como é que é???? Ora se a minha mãe tem lá um apartamento e tem direito de ali colocar o veiculo para cargas e descargas, uma vez que se trata de uma rua onde não é permitido estacionar e nem se quer passar a não ser a prorpietários... Ora esta menina GNR não poderia ter dito isto e nem sequer nestes moldes. Depois teve a lata de dizer em cara que ia procurar falhas para ver quantas multas conseguia passar... Ou sou eu ou realmente estas meninas estão a abusar do poder que lhes foi conferido no dia em que passaram, e muito bem, os testes de admissão? Que eu saiba e até se entrarmos numa esquadra da polícia, GNR, etc, normalmente está bem visivel, juntamente com posters assustadores sobre violência doméstica e pedofilia, um quadro ditando os deveres e obrigações da pessoa que encarna o papel de autoridade e tenho a certeza de que um dos pontos manda serem corteses e bem educados com toda a gente, claro até já não o poderem ser, quando alguém resiste ou se torna mal educado e parte para a violência, caso contrário, estes agentes de autoridade têm obrigatoriamente de terem um poder chamado poder de encaixe maior que o cidadão comum, não podem ferver em pouca água! Tenho ou não tenho razão? A meu ver as ditas agentes deveriam se ter dirigido a D. Tété, pedido os documentos e explicado que como não poderia estar estacionada tanto tempo naquele sítio mesmo sendo proprietária de um imóvel ali, que iria ser autoada e pronto. Passavam-lhe a dita multa, sorriam porque ninguém ali tinha matado ninguém e continuavam na sua vidinha. É ou não é? Constitui isto ou não um extremo abuso do poder? Ameaçar cidadãos só porque estão para aí virados e pensam que podem? Em que país estamos nós? Já temos abuso do poder político que nos esmifram até ao tutano com impostos e sei lá eu que mais para pagarmos dívidas de estado quando eles andam à grande e à francesa nos seus belos carros de luxo e casas de luxo a ganhar o que um cidadão trabalhador nunca conseguirá ganhar quase a vida toda. Agora também temos instituições criadas para nos defender e proteger a ameaçar cidadãos só porque o crachá lhes diz que os temos de obedecer... É a Républica das bananas, com todo o devido respeito a esta República. Escusado será dizer que D. Tété estava bastante perturbada com toda esta situação e eu também que tive de ir a correr buscar os documentos do carro e quando lá cheguei com os mesmos as "agentas" não os quiserem ver e mandaram D Tété apresentar os mesmos na esquadra, tal e qual como já tinha eu dito antes para ela perguntar se o não podia fazer... Temos carros em segunda e terceira filas mal estacionados, a bloquear garagens, estacionados em locais próprios para os deficientes, em cima dos passeios obrigando as pessoas a andar no meio da estrada, estacionados em sítios onde um qualquer carro grande não consegue passar, tão esmifrados e enscostados que só lhes batendo podemos sair e, em vez de andarem a tentar resolver esta questão, andam a ameaçar pessoas com idades para serem mães ou quase avós delas e que se apresentaram e pediram desculpa pelo sucedido... Francamente! Acho é que estas raparigas estão é danadas porque acharam que agora iam andar fardaditas e de popó a fiscalizar as ruas e puseram-nas de bicla, ao sol e calor, a levar com os tubos de escape, a serem secretamente gozadas pelos calçanitos, por terem de andar de rabioski mais ou menos espetado a patrulhar as mesmas ruas...

terça-feira, 24 de julho de 2012

Constance Coffee Shop!

Adorava ter uma coffee shop, pequena, bem decorada, mesmo à maneira. Adorava passar o dia a lidar com as pessoas, a falar, a conversar, a trocar ideias... Vem desde muito longe a minha ideia que já alguns, no entretanto, concretizaram. Adorava que cada mesa, cada cadeira e cadeirão fossem diferentes, personalizados, umas mesas quadradas, outras redondas com pé de galo, umas mais baixas, outras mais altas, em cada uma um candeeiro ou uma vela, num local mais reservado aquelas cabines americanas para darem mais privacidade à coisa. Um mini biblioteca free of charge, onde as pessoas pudessem ir e trocar livros ou mesmo ler no coffee shop. Internet free ... Uma área reservada à imaginação da criançada, com uma mesinha e puffs coloridos e muitos lápis e canetas e papel para deixar fluir a imaginação sempre fértil dos mais pequeninos, um sítio onde uma vez por mês nos reuníssemos e fizéssemos um serão de leitura para os mais pequerruchos. Um écra gigante onde passariam documentários, moda, nada de telenovelas ou programas das tardes de alguém...e quando não quisesse passar nenhum programa e fosse noite e lá fora estivesse frio, colocava uma imagem de uma fogueira crepitante para dar ambiente. Serviria doces caseiros, bolos caseiros, saladas frescas e crocantes, sandes imaginativas e sumos de fruta e sopa caseira... capuchinhos, mokas e sei lá que mais. Claro que vejo este desejo mais ao estilo nova yorkino do que algarvio...mas posso sempre sonhar. Descobri cedo que o que gosto mesmo é de lidar com as pessoas, de servir bem, de dar respostas, de sorrir com elas... Não sei, é um projecto que adoraria concretizar. O nome ou seria algo bem algarvio, tipo a Coffee Shop da Marafada ou então Constance Coffee Shop e venderia coisas algarvias, feitas em casa, coisas fofinhas mas úteis... É um sonho!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Folga? Sim obrigada!

Et lasse! Hoje estou oficialmente de folguinha da D. Pimpolha que resolveu mais uma vez ir dormir chez D. Teté (já lhe passaram todos os medos)... Estava eu para aqui preocupada se D. Pimpolhinha estaria a tirar a sua avó do sério e afinal passou a tarde a brincar com outro pimpolhinho da sua idade, inquilino de D. Teté. De facto para as crianças não há fronteiras, nem embaraços, nem estratos sociais (pelo menos nestas idades, 6 e 7 aninhos) e acho mesmo que nem a barreira da língua se torna um problema. Neste caso os dois entendem-se na mesma língua, mas já vi que D. Pimpolha não tem papos na língua quando de outra língua se trata. Já a vi brincar com inglesinhos, alemães, brasucas... só espanhois lhe faz confusão, vá-se lá perceber o porquê da coisa porque para mim o castelhano nunca teve mistérios, já o alemão... Mas bem me lembro de quando era eu a Pimpolha e de também não ter qualquer tipo de problemas com as línguas e com conversas, mesmo que não nos entendêssemos com os abc´s, entendiamo-nos com o coração e gestos, muitos gestos. Aliás, acho que a pergunta Queres brincar comigo ? dita juntamente com um encolher de ombros e uns olhos muito abertos e convidativos é bem capaz de ser universal e universalmente compreendida por todos os pimpolhos e ainda bem.

Por isso, por hoje mais vale descansar a cabecinha e apreciar o silêncio da casa, mesmo que este silêncio traga uma saudade de barulho!


A primeira ida à praia deste Verão com a minha princesa....

Ontem fomos até à prainha ter com uns amigos. Estava calor para caramba mas soube bem! Conversei com a minha amiga sobre fatos de banho, modas, corpos, adultério, casamentos, nascimentos e preços... sempre que vejo esta amiga falamos sempre de oportunidades de bem comprar a baixo custo. Ela é uma mulher com sorte, um marido que a ama e dois pimpolhos fantásticos e por eles procura sempre o melhor mas sem ter de dar couro e cabelo...é cá das minhas! No outro dia, depois do aniversário de D. Pimpolha, achei que um fatinho e uns ténis que lhe tinham oferecido ficariam pequenos logo, logo e fui trocar sem saber que já estava tudo em saldos e trouxe uma resma de roupas pelo preço de duas peças... soube bem!!! Fora o atirar conversa, pude ver como D. Pimpolha está grande, já nada sem medos para longe (para mais longe do que eu gostaria), dá saltos, mergulha, faz o pino, sei lá, porta-se como a criança que eu em tempos fui na mesma praia, na mesma areia, na mesma água... só lhe falta um amiguinho como o que eu tive e ainda tenho nas brincadeiras na areia, o seu papá (mas há tempo, muito tempo para isso)!
Claro que a brincadeira preferida de D. Pimpolha e sua amiga foi... molhar a mamã!!! E se o raio da água estava fria. Ainda me lembro de fazer pouco das senhoras (provavelmente eram da minha idade agora...baaaaa) que antes de entrarem se molhavam aos pouquinhos, devagar, atirando aguinha para cima do pelo para se irem habituando. Pois, hoje esta é a minha figuraça na praia. Ou sou eu que envelheci(naaaaaa) ou a água está mesmo fria! Lá fez mais amiguinhas, esta capacidade comove-me (porque não somos todos assim?), brincou, jogou UNO, correu, enfim... foram umas horinhas bem passadas...
Mas antes de sairmos de casa já somava uns 3 ou 4 castigos. O quarto foi de certeza varrido por um qualquer tornado chamado C.(já que a maioria têm nome de mulheres e vá-se lá saber porquê???) , deixou pela sei lá milhesima vez a luz nocturna acesa quando bem sabe que a tem de apagar assim que acorda mas esquece, espalhou sapatos pela sala, ligou do telefone de Dom Maridão sem autorização para as duas avós (não teve sorte porque nenhuma das duas lhe atendeu) e quando confrontada teve o desplante de dizer E, qual o problema? Claro não há problema nenhum em ligar para as avós (até é bom que saiba porque em qualquer urgência sabe ligar), graças aos céus que não sabe nenhum numero de telefone do outro lado do mundo ou ia dar com ela sentada no trono a falar chinês com alguém... Resumindo quando íamos de mãos dadas até à praia, de mochilas respectivas às costas e chapéus de palha no cabelo, íamos a conversar sobre os seus castigos. Perguntei-lhe quais eram e claro, D, Pimpolhinha não soube responder! Entra-lhe por um ouvido a 100 mas pelo outro sai a 1000!!! No matter, eu enumerei-os e ela concordou com eles (que remédio...). Mas já na praia estava tudo bem!
Chegamos a casa cansadas, tomou banhinho sozinha e, para meu grande espanto, comeu um pratinho de ervilhas com ovos sem refilar, Mamã eu com 7 anos já gosto de ervilhas, antes é que não, mas agora já gosto!  Aqui é que tenho de a louvar porque resolvi fazer na Bimba ervilhas com ovos e, quem tiver esta super máquina pode ver que fazer os ovos escalfados é mega difícil, então eu que não gosto nada de coisas difíceis resolvi no fim lá colocar os ovitos e pronto. O problema é que como estavam a demorar mais a ficarem prontos, resolvi apressar a máquina e o resultado foi, ovinhos todos trucidados!!! Mas comeram-se!!!
Antes de adormecer nos "braços" de João pestana, lá me pediu um biberon com leitinho quentinho...e o que eu gosto de deixar ela beber biberon à noite... Bem sei que já está crescidota mas é um miminho, daqueles que não fazem mal a ninguém e confortam o coração!

Por isso, para primeira vez nas areias algarvias esta ano, até foi bom, a água é que podia estar mais convidativa, xixa!

sábado, 21 de julho de 2012

Air Luxor... que saudades!

Porque não posso voltar atrás no tempo e usufruir de tudo o que tive tendo consciência de que tudo pode acabar... porque não fui mais feliz com amigos e escolhas... nunca sabemos quando tudo vai acabar, mas quando o fim vem próximo, quando olhamos para o futuro e nada conseguimos ver, então olhamos para trás com tanta saudade e vontade de lá voltar... Nunca apreciei a Universidade, foi apenas um sitio de passagem para mim, assim como tantos outros sítios por onde passei. Mas tenho saudades, tenho saudades do tempo em que trabalhei numa companhia aérea, onde tinha de me levantar cedo e a meio da madrugada, onde tinha de usar farda em sítios tão quentes onde todo o mundo andava de bikini, onde tinha de me sujeitar a clientes chatos mas onde também havia simpáticos, onde me diziam que eu era apenas empregada do ar, mas foi onde me senti mais feliz... fazia uma coisa que ainda hoje acho linda, não interessa se estava ali a servir o outro e ao serviço de outro, tinha tempo para mim, tinha tempo para o então namorado e que hoje é o Dom Maridão, tinha tempo para passear, visitei sítios lindos que nunca iria visitar... deixei porque casei e porque engravidei e não queria voar grávida com os perigos que daí vêm... fiz mal! Devia ter ficado na empresa, devia ter lutado para voltar... pensei que não teria tempo com a minha princesa, porque a teria de deixar tantas vezes com o pai, mas são tantas as minhas ex colegas que continuam a voar, com filhos, casadas...e quando voltam, embora cansadas, trazem um miminho aos filhos, dão grandes abraços e carinhos por terem voltado e por estarem de novo com eles... Tive medo destas coisas todas e porque Dom maridão não gostava muito, embora nunca me tivesse pedido, pelo menos não me lembro, para não voar, eu deixei aquele que talvez fosse a única coisa que juntamente à minha família me faria verdadeiramente feliz. As minhas únicas preocupações era fazer o meu trabalho, garantir a segurança dos outros, servi-los de sorriso nos lábios e dizer-lhes adeus quando chegassem ao seu destino... Tenho muitas saudades daquela vida que eu sempre imaginei glamorosa mesmo quando ela já não o é, mas que a mim me enchia as medidas da felicidade. Sim voltava cansada mas feliz e contente... conseguia descansar, trabalhar, estar com amigos... era feliz! Lamento se ofendo alguém, sim eu hoje sinto-me completa porque tenho o amor da minha vida e a filha da minha vida... mas falta-me o resto...e se eu pudesse escolher e voltar atrás sei bem o que escolheria... Escolhia voltar a voar...se me deixassem...

aqui fui feliz... hoje não sei bem...


Amo-te filha! Amo-te Maridão! Vocês fazem-me feliz! Mas gostaria de também me sentir feliz no resto...

Má mãe sou eu...

Ontem fui a pior das mães! Fiz a minha princesa chorar e confessar-se, coisa que ela em 7 aninhos de vida nunca tinha feito. Por tudo o que se tem passado, todos os dias estou triste, choro e perco a paciência ainda mais depressa do que o normal. O pior nisto tudo é que tenho plena consciência de que nunca me deveria ter zangado com ela, que não deveria dizer tudo o que lhe digo quando estou zangada. Morro por dentro quando me zango com ela e grito mas morro ainda mais quando revejo o que disse... Não consigo separar as minhas emoções e as minhas atitudes daquilo que vivo no dia a dia. Quem sofre é sempre ela... não devia eu sei, ela devia ser sempre o meu escape, o meu mais que tudo. Sempre quis ter uma filha, sempre foi um sonho de ter uma criança nos meus braços mas por mais que eu dê graças por ela aqui estar e existir na minha vida, tão linda e perfeita e cheia de saúde, brilhante, esperta... dou sempre por mim a por vezes lhe negar carinho que tanto merece com os seus 7 aninhos apenas. Não é por mal... mas parece que algo me puxa para trás e não me permite ser aquilo que sempre quis ser, mãe! Não é fácil controlar as lágrimas perto de quem amamos quando tudo na nossa vida está virado de cabeça para baixo ou para lá caminha sem podermos fazer nada para impedir isso. Ontem foi um daqueles dias mesmo muito complicados... Parece que somos duas titans a lutar uma com a outra, a ver quem ganha no jogo das vontades....claro ganho sempre eu porque sou a mãe, porque sou mais velha e porque ela só tem 7 anos... Meu Deus porque é que sou assim com quem só me faz declarações de amor, me entrega os desenhos mais lindos, só pensa em mim todo o dia para me contar coisas e especialmente para me mostrar o que fez só para mim... Ontem revimos alguns dos seus desenhos, daqueles que guardo na minha mesa de cabeceira, um deles fez-me chorar ainda mais e deu-me um aperto enorme no coração. Tinha desenhado um coração e dentro dela escreveu as iniciais A+C= coração pequenino... Ela está sempre a dizer que me ama por palavras, atitudes, desenhos, sei lá e eu ando tão enervada e triste com ataques de pânico e de ansiedade que não noto, que me passam ao lado e é triste. Porque sou eu assim? Não quero que ela cresça desalvorada, a ser má para os outros meninos, a ser mal educada e por isso tento fazer com que ela entenda as coisas e sim, ponho-a muitas vezes de castigo por considerar que o que fez merece castigo... mas ela só tem 7 anos e foi o melhor presente que Deus me podia ter dado, então porque  ajo eu assim? Porque não chego a casa e em vez de me zangar com ela por ter tudo desarrumado, não a abraço incondicionalmente? Sinto-me fria com ela e não percebo porquê? Rezo muitas vezes para que consiga mudar esta minha maneira de ser, rezo co  força mas na hora expludo sem pensar em nada e depois choro por mais uma vez não ter conseguido fazer as coisas de outra maneira... Ontem foi um mau dia... ficamos as duas a chorar deitadas na cama e por mais que eu lhe dissesse que estava tudo bem e lhe pedia desculpa por ter sido tão mazinha, mais ela chorava e com razão. Porque ainda é pequenina e porque não tem de carregar os meus imensos problemas nas costas. Mas o meu medo é que os meus problemas lhe venham bater à porta e é por isso que ajo assim, acho... Não sei, hoje sinto-me na Merda com M grande. Sinto-me como tantas vezes me senti antes, a pior mãe do mundo com a filha mais ternurenta do mundo... o que me torna ainda pior! Não mereço beijinhos e abraços e nem perdão!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Upss cheira a mau emprego mas eu aguento...

Admiro a capacidade que o ser humano tem de se adaptar às coisas mais asquerosas e estranhas... nós mães habituamo-nos com chichis, cocós, vomitados, sangue e muita porcaria, de tal maneira que já nem pestanejamos na hora de limpar aquilo tudo. Há profissões assim mesmo... ser ginecologista deve ser um verdadeiro terror, sim é o sonho de muitos homens mas garanto que depois de ver tantas vaginas, com doenças, mal lavadas e a tresandarem, sim não pensem que as meninas e senhoras e idosas vão para lá com cheirinho de rosas, não viram o anuncio mais horrível do mundo, na minha mui modesta opinião, sobre os pensinhos diários que não deixam o odor (???) sair e as meninas já podem abrir as perninhas??? Quem foi o demente que se lembrou de tal coisa??? ... Homens do lixo, sempre rodeados de ... lixo, daquele bem mal cheiroso que nós já não aguentamos em casa e vamos de pontinhas dos dedos deitar fora e mão no nariz??? Imaginem lá o peixinho cozinhado ou cru a tresandar e a deitar liquido, carne já podre, fruta mais que passada, fraldas cagadas (lamento mas é que é mesmo assim), tudinho misturado... No outro dia vi os senhores do lixo a lutarem para tirar um daqueles sacos de lixo gigantescos de dentro de um daqueles caixotes redondos, suaram para tirarem de lá, andaram para ali a mexericar para não perderem nenhum saco, ainda tiveram de apanhar uns quantos que tinham caído e na maior das descontracções, tinham um cigarro na boca a sorver tabaco e cheirete de lixo. São bem pagos , diz D. Teté, pudera, se não fosse um emprego bem pago ninguém queria... quando chegam a casa já nada lhes deve fazer confusão, isto se conseguirem tirar o cheiro de lixo que se lhes cola à pele... Nas peixarias, as senhoras a cheirarem constantemente o pexum, algum já não fresco, a tirarem as entranhas asquerosas dos peixes... no talho, só sangue e eles sempre bem dispostos a colocar as gordas manápulas em cima da carne para a cortarem e nós a fingir que não vimos que não lavaram as mãos depois de terem recebido o dinheiro do outro cliente antes de nós e a fingir que não passaram a mão e o braço pela testa a limpar o suor antes de nos servirem... Lembro-me de uma vez em Cuba, termos passado por um mercado aberto e a quantidade de moscas a pairar na carne pendurada, sabemos nós se não estão a colocar lá ovinhos de mosquinha que, como todo o mundo sabe, adora passear pelas fezes dos animais... Acho que estou a ficar mal disposta... mas o ser humano adapta-se, o problema é qie hoje em dia adaptamo-mos às coisas boas e que nos privam das nossas imunidades, tantos sabonetes hipoalergénicos, tantos sprays anti vírus e fungos e bactérias, como se fosse sequer possível viver num mundo esterilizado. Deixem-se disso! Sei de tantas criancinhas cujos pais continuam a ferver a aguinha, os biberons e respectivas chupetas, a lavar as roupinhas com produtos caríssimos mas que dizem que não provocam alergias nenhumas e depois os putos estão sempre doentes, de pingo no nariz e a caminho do pediatra, senão do hospital. A mãe de D- Teté contava uma história de um casal de médicos que após muito sofrimento e tentativa conseguiram fazer um filho (porque é mesmo assim) e rodeavam-no de tudo o que era bom e a criança nem brincar podia, nem sequer andar no chão da rua imunda podia, logicamente andava sempre mais que doente. Um dia foram com a minha avó à quinta onde ela ia falar com uns caseiros que tinham uma chusma de filhos porque não tinham TV e não tinham com que se entreter à noite e pimba! Lá saia mais um pimpolho desgrenhado e sujo, quase sem roupa e sapatos para usar. O casal de médicos ficou bastante impressionado porque os filhos dos caseiro eram todos gordinhos, muito desenvolvidos e com umas bochechas bem rosadas e pediram à minha avó para perguntar o que lhes davam de comer e beber para serem assim tão esplendorosamente saudáveis. A  minha avó sorriu e pediu para que eles a seguissem e foram dar com aquelas crias a beber águas juntamente com os cães e os porcos, na mesmíssima tina de água que não devia ser mudada há algum tempo. Ficaram devidamente chocados mas o que é facto é que o segundo filho do casal nunca teve mordomias, deixaram-se de caganças (desculpem mas é que é mesmo assim) e nunca se viu criança mais saudável! Eu própria com D. Pimpolha cedo deixei de esterilizar biberons e chupetas. Os primeiros lavava na máquina de lavar a loiça e as segundas passava por águinha e já tava! Um dia estava no super e tinha-me esquecido de levar a chupeta. Agarrei numa, tirei-a do envolucro, passei pela minha boca, que como toda a gente sabe é um dos locais com mais bactérias por metro quadrado, e enfiei-lha na boca perante o olhar surpreso de amiga e colegas de fila de supermercado. Atirei o muito costumeiro O que não mata engorda! e pronto! Por isso afirmo e reafirmo que o ser humano da imundice veio e para a imundice vai voltar quando se aperceber que os mais rijos não saõ os mais lavadinhos, olha as crianças ciganas, ali no meio do campo, sem lavarem mãos antes de comer alguma coisa, a viver al lado de bestas e cães, a fazerem chichi em qualquer lado (vi eu à minha frente) e alegremente andando... Olha os animais abandonados, sim muitos morrem de doenças mas muitos mais vivem...ainda bem! E nem vamos mais longe, olhem aquelas ditas civilizações não tão civilizadas, sem acesso a luz e água canalizada e a todos os frufrus a que estamos habituados e vivem! Por isso acho que o ser humano aguenta tudo, venham de lá os maus cheiros que rapidamente os ignoramos e os respiramos como se de nada se tratasse...
É pá! Que post tão mal cheiroso!!!
retirado de paginalusofona.blogspot.com

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Ai que vontade de ir à praia...

Ai mãezinha que hoje é um daqueles dias em que só vejo um buraco fundo à minha frente...
D. Pimpolha resolveu acordar bem cedo, não fosse serem férias e pudesse dormir até mais não, mas para D. Pimpolhinha quanto mais cedo acorda, melhor passa o dia a ver os seus bonecos preferidos. Mas já se nota que está a crescer. Se antes era brindada até mais não com o Panda e o Cartoon network e outros que tais, agora fica-se pelas séries da Disney, pelas Hannas Montanas e outras similares... Haja paciência. Por serem todos atropelados na barreira linguistica, em que teimam em traduzir para português todas as frazesinhas, mais parecem novelas mexicanas intermináveis! O que vale é que ao invés das telenovelas em que todos os dramas acontecem, nas séries da Disney é só macacada!!!
Ontem foi passar a tarde a casa da Tia Mimi que tem uma paciência de santa para a criançada e adora brincar com elas. Foi tão bom que D. Pimpolha nem se queria vir embora. Hoje já combinou ir dormir a casa de D. Tété, já lá vão os medos que sentia em dormir fora da minha beira, mas também já fez 7 aninhos e isso despoletou nela um certo sentido de independência. Ainda bem, porque hoje vou tentar encarar aquela fila de cestos de roupa por passar que teimam em povoar a minha sala, e quarto e varanda... Tou que nem posso! Como devo ser uma florzinha de estufa, só consigo passar a ferro sentada e de preferência a ver uma Anatomia de Grey qualquer... Fico nisto a tarde toda, se é que assim se pode chamar às poucas horas que passo em casa desde que chego do trabalho.
Sei bem que é no verão que na minha área de trabalho mais se trabalha, mas confesso ficar com inveja de ver famílias passar carregadas até à alma com os seus chapéus de sol, toalhas, malas, brinquedos, livros, protectores solares, chinelos, chapéus de palha...vão para a praia passear o corpinho mal feito, chapinhar nas águas geladas algarvias, passar pelas brasas e por e simplesmente não fazer nadica de nada... que é como quem diz! Sim porque ainda está para vir um dia bem passado com miúdos na praia, descansado, só mesmo se os miúdos forem dos outros e a nós não nos dizerem nada, porque pai que é pai e mãe que é mãe, sabe bem que dias tranquilos de férias com os seus mais que tudo pura e simplesmente não existem! Existe a fantasia, mas a realidade são berros, areia ao vento, obrigações de entrar nas águas geladas para ajudar os pimpolhos, por cremes, dar água a beber para não desidratarem, obrigações de os fazer comer qualquer coisinha, toalhas molhadas, baldes e pás espalhados pelo areal todo como se de um quarto de brincadeiras se tratasse, mais de mil olhos em cima deles para não nos fugirem, um ou outro choro e implicanço, ou com os irmãos, ou com os amigos encontrados na praia. Nada de lermos revistas descansadas, indolentemente deitadas na nossa toalha imaculadamente sem um grãozinho de areia e muito bem esticada, de chapéu de palha  todo fashion que nos fica tão bem na cabeça, corpinho bem bezuntado de creme protector e sem uma grama de areia, a garrafa de água só nossa e sem coisinhas a boiar lá dentro, um cocktail e ficar por ali, sem mais, apenas a desfrutar do momento! Isso já era! Agora já nos sentimos felizes quando conseguimos voltar para casa com tudo o que levamos para a praia, e quando digo tudo é com os respectivos filhos também...

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje...pois!


(este quadradinho da Mafaldinha do Quino diz tudo... não é sr Filipe?)

Lá está mais uma expressão daquelas do tempo das nossas avozinhas que vai na volta, vem por trás e dá-nos uma dentada no rabioski! O veiculo de D. Tété, como já é idoso, resolveu tirar uns dias de férias e não meter as mudanças, logo a mamãzinha aqui para evitar gastos supérfluos, emprestou o carrito e fui buscar o de Dom Maridão . Ontem já o velhote estava em condições de meter mudanças e por isso fez o devido check out da garagem e eu, em vez de ter ido logo trocar os veículos, deixar o de D. Tété com D. Tété e trazer o meu, a modos que me marimbei porque estava calor, estava cansada e fui direitinha a casa com a promessa de mais tarde por lá passar. Dom Maridão, que é homem jeitoso e mui atencioso, apresentou-me a série completa da Anatomia de Grey 2 e lá me fui deixando ficar pelo sofá... Ainda para mais a D. Pimpolha estava em casa da D. Tété com promessas de lá ficar a dormir e eu temia que se lá aparecesse, ela se quisesse vir embora. Pronto, não fui trocar os ditos veiculos... Hoje fui brindada por uma notícia de que ao sair da quinta, veio de lá uma rajada de vento ( quem anda pelos algarves sabe que este mês está a ser bem ventoso...) e pimba!!! De nada valeu a câmara de marcha atrás que tanto jeitinho tem dado, e nem os ditos sensores que apitam gradualmente e estridentemente... por e simplesmente não houve tempo para serem accionados visto ter sido naquele mesmíssimo momento que o vento soprou... é a mão do Demo ou quê? Resultado, um vinco de cima abaixo (o portão é alto)! Pronto, chama-se à baila o seguro, perde-se o prémio e voilá! Agora digam lá... se eu não tivesse sido preguiçosa, se tivesse levantado o meu traseiro do sofá e tivesse lá ido como era intenção inicial, provavelmente não teria acontecido! Safa!!! Mundo se é para me ensinares alguma coisa, te juro que estou atenta e aprendo rapido!!!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

It´s a boy!!! But not mine!

Eu tenho apenas duas melhores amigas, daquelas que nunca me abandonam nem mesmo desde que me mudei para o Sul. Há meses em que mal falamos tal é a azáfama diária e outros em que ligamos com maior frequência, se não fosse o Facebook eu ia perder uma data de coisas engraçadas que acontecem pelo menos a uma delas. A outra anda mais ocupada com o seu primeirissimo rebento! Fez D. Pimpolha 7 aninhos no mês passado e a minha amiga começa agora a contá-los! Nasceu bem, lindo e segundo me disseram, estão todos bem e recomendam-se. Durante muito tempo pensei em dar um Príncipe ou outra Princesa à D. Pimpolha, um pensamento que me assomou muitas vezes mas perante esta conjuntura e fase negrissima que passo agora, foi melhor assim. De qualquer maneira, embora tenha ganas de ter outro bebé nos meus braços, confesso que passar noites sem dormir, biberons para cá e para lá, fraldas às carradas, resmas de roupinhas mini para lavar todos os dias e passar, vomitos, dor dos primeiros dentes, esterilizadores, carrinhos de passeio, malas a abarrotar com mudas extra de roupa e mais casaquinhos para o frio e papas e bonecos, já não são tão apetecíveis. Se pudesse passar toda essa fase mas sem a passar verdadeiramente, então aí podia vir mais um rebento. Desejo-lhe toda a felicidade do mundo para este tão amado, esperado e desejado bebé e seus papás. Todos o são, eu sei, mas também sei que este já era esperado faz muito tempo! Já cá está e isso é que importa! Invejo-lhe, à minha amiga, todas as coisinhas pelas quais está a passar neste momento, todas as surpresas, todos os primeiros tudo, primeiro, cocó, primeiro esgar, primeiro sorriso, primeiro choro, primeiro banho...sei lá mas ao mesmo tempo digo ainda bem que é ela e não eu! Para já porque tenho a menina mais linda do mundo em casa ( a minha é que é...ahahah) e depois porque tenho a plena consciência de que já não tenho paciência para as coisinhas iniciais... já vou tão à frente! Ela já anda, refila que se desunha, faz desenhos, refila mais um pouco, amua, faz-me sorrir, brinca... sei lá! Andei muito tempo angustiada por querer ter outro filho, acho até que negligenciei a minha D. Pimpolha por causa desse sentimento. Mas agora chega! Tenho o sol em casa e mais nenhum astro rei me importa! É a ela que quero me dedicar, dar carinho e abraços, amor às carradas... Filha, ouve um tempo em que pensei que deveríamos ser mais, deveríamos ter um mano ou mana, mas sempre que te perguntava tu respondias sempre que não querias... se calhar era por me quereres só para ti, ou ao papá... mas hoje concordo contigo e já vou tarde. Quero-te só a ti! E fico feliz pelo rebento da minha amiga que lhe trará a maior felicidade, tal qual a minha me trás!



C. parabéns pelo L! O gaijo é giro! Agora vai preparando a caçadeira porque elas vão andar de roda dele... é so olhar para aqueles olhinhos!!!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Mealheiros a mais...

Zara Home Piggy Bank!
Oh pai, quero contar quanto dinheiro tenho nos mealheiros...  Ok disse Dom Maridão, fomos buscar os ditos cujos, uma casa com mais de 30 anos que era de Don Maridão, um porquinho rosa brilhante comprado na Zara Home e uma lata colorida oferecida por alguém que já não me lembro e mais 3 carteirinhas pesadotas... Comecei a contar e ela sempre muito chata não me queria deixar contar, queria ser ela a contar... claro queria contar quantas moedas tinha e não quanto dinheiro tinha! "Oh filha mas deixa a mamã contar para saberes quanto dinheiro tens..." dizia eu já irritada de tantas as vezes que ela me tirava as moedas já contadas para fazer um carreiro de moedinhas, "Sim mão mas eu também estou a contar... o que é que vem a seguir ao 100?" Eu olhava para as moedas e dizia "Oh C. mas tu não tens aí 100 moedas, o que é que queres dizer a seguir ao 100? 101?102?  e lá me roubava mais moedas para colocar no carreiro, abanava a cabeça vigorosamente e dizia " Não mãe, a seguir ao 100 o que vem?  e eu já desesperada e irritada dizia " Não entendo o que queres saber... a seguir ao 100 vem o 101, o102... mas perante o abanar da sua cabeça e revirar de olhos, entendi que estava a tentar contar pelo numero que figurava nas moedas, como eram de 10 cêntimos o que ela queria saber era que a seguir ao 100 vinha o 110, depois o 120... Escusado será dizer que uma tarefa tão fácil à primeira vista quase se tornou numa batalha campal, eu dei-me por vencida e deixei-a fazer todos os carreiros que quis e só quando terminou tomei para mim a tarefa de contar o dinheiro. Ficou admirada quando lhe dei a noticia de que tinha mais de 100€ (havia para lá umas notinhas da Fada dos dentes e de uma prima muito bem intencionada)! Difícil foi convênce-la a guardar o dinheiro e não ir a correr a uma loja qualquer comprar, como ela diz, qualquer coisinha... o que me valeu foi a TV estar num canal de desenhos animados que de repente lhe prenderam a atenção e desligou totalmente da tarefa anterior e esqueceu-se que queria ir gastar dinheiro...

Criança+Férias=desarrumação garantida! Pelo menos da minha...

As férias de D. Pimpolha ainda mal começaram e já há estragos a relatar lá de casa...Primeiríssimo lugar só se eu fosse a fada das limpezas conseguia manter aquele chão imaculado com uma criança irrequieta e que adora andar descalça e rebolar-se pelo chão e duas cadelas cheias de pelo a entrarem e saírem da varanda para brincarem com D. Pimpolha... Quando olho para aquele chão largo um daqueles suspiros valentes, daqueles que até fazem mexer uma árvore do outro lado do mundo... mas ontem não só era o caso bicudo do chão, como D. Pimpolha resolveu dedicar-se às artes e pintar... Qual a mãe disposta a reprimir duramente seus tesouros de se expressarem através da pintura??? Eu não certamente e daí, que já previdente, disse a D. Pimpolha para pintar nuinha da silva (ok tinha cuequinhas...) e com a sua secretáriazinha em cima do tapete (já sofreu tanto que mais coisa, menos coisa não deve fazer mal...). Resultado, tapete azul!!! Pronto, vamos considerar esta também mais uma obra de arte de D. Pimpolha que agora em vez de ter um tapete da cor do sol, tem para lá umas "nuvens" azuis em forma de riscos... desconfio que se marimbou para a secretária e resolveu pintar mesmo em cima do tapete por causa da textura... O que vale é que os desenhos estavam bem giros e quiçá um destes dias fazemos uma mostra numa galeria de arte qualquer e D. Pimpolha não é aclamada de Pintora do Século com 7 aninhos apenas! Bem se um cão ganha dinheiro a "pintar" com as garras (vi com estes olhinhos que a terra não há-de comer tão cedo...) porque não os desenhos de D. Pimpolha?
Depois, em vão lhe peço para arrumar o seu quarto, pronto tenho de confessar que D. Tété nunca de mim conseguiu um quarto devidamente arrumado e como quem saí aos seus não degenera... mas podia era ter ido buscar outros atributos meus e não o da desarrumação... Esperem, verdade seja dita que quando resolve arrumar tudo, fica digno de qualquer revista de decoração! Mas são tão poucas as vezes...
Isto é e resumindo e concluindo... esperam-me umas férias desarrumadas, plenas de brincadeira com as 4 patas lá de casa e com o seu papá que tanto adora e chateia até à pontinha dos cabelos e a mim resta-me fazer ouvidos moucos à minha consciência, olhar para o outro lado e esperar que passem as férias para colocar em dia a faxina e a faxineira que não há em mim...
retirado deste blogg...

é para verem que não sou só eu a sofrer do mesmo mal...