domingo, 19 de agosto de 2012

Festinha VS trabalhos manuais a duas...

É complicado viver no Algarve em pleno verão por causa das festas todas e das feiras e dos concertos e sei lá eu que mais. Ontem foi dia de Fatacil e de BossAC... Muito difícil de deambular por ali com a mão na carteira bem fechada para não gastar... Escusado será dizer que não consigo de lá sair sem comprar alguma coisinha mas desta vez foi tudo para a minha pimpolha. Compramos uma caixinha de madeira para ela pintar e depois fazermos umas colagens giras e a caixinha simples vira caixinha de jóias da D. Pimpolha. Já está em pulgas para o fazer! Ontem já passava da meia noite e pensava que ia chegar a casa e ia poder começar de imediato... Há tempo digo eu, mas haverá mesmo? Passo tão pouco tempo com ela... Durante a semana muitas são as vezes em que nem a vejo de manhã porque está a dormir e só quando chego ao fim da tarde tenho um vislumbre do que é ter uma filha. Depois venho tão cansada que nem me apetece ir fazer nada... E depois ainda tenho de decidir, ou saio e tento me divertir com ela e esqueço tudo aquilo que tenho de fazer lá por casa que já está e muito acumulado, tipo roupa para lavar e passar, casa para limpar e arrumar, camas para trocar...sei lá que mais... Mas se me dedicar a estas tão chatas coisas mas necessárias, mais uma vez não há tempo para ela! Então ontem resolvi fechar os olhos a tudo, deixei Dom Maridão em casa a trabalhar, porque também ele tem destes dilemas porque quando fica com ela em casa, que são todos os dias, quase não consegue trabalhar pois ela é muito absorvente do nosso tempo, e quando eu vou à prainha com ela ou a outro lado qualquer, ele fica em casa para por as coisas do trabalho em dia. O que significa que só algumas vezes nos vêm aos 3 ao mesmo tempo... Mas ontem fui à praia ter com uns amigos e até levei a máquina que já tem pó em cima de tão esquecida que anda. Aproveitei que os amigos tinham ido almoçar a casa e me deixarem sozinha a açambarcar o seu toldo e saquei da máquina e tirei-lhe umas fotos giraças. Quando cheguei a casa e fui ver, senti o que sempre sinto... não lhe tiro fotos suficientes para ver todos os estágios de crescimento, e nem me interpretem mal, temos fotos a deitar pelos olhos em todo o lado, mas nunca me parecem suficientes...  Nadamos, brincamos, ela leu o seu livro da moranguinho, já vai lendo melhor e sem tantos solavancos, e durante umas horas as coisas assim correram, preguiçosas como se não houvesse mal nenhum no mundo e fosse sempre assim... Claro hoje, de volta ao trabalho, assim que cheguei fui brindada por problemazinhos, típicos e que estão sempre a acontecer, mas que me enervam por não deixarem passar um dia que seja sem aparecerem de algum canto.
E ainda hoje tenho de decidir se me apetece ir a uma festinha de anos de uma amiguinha, ou se vou para casa... Ela merece a festa, eu sei, mas este ano têm sido muitas as festinhas e confesso já começar a estar fartinha... não por causa dos miúdos, mas porque não me apetece fazer sala e conversa com outros pais, culpa minha e da minha falta de paciência por tudo o que está a acontecer e vai ainda acontecer... Nunca imaginei a ternura dos 40 a chegar e eu nesta posição... Ainda faltam uns anitos para os 40 e pessoalmente nem me sinto com 30s.... mas os anos não perdoam e vão passando assim como os dias inevitavelmente o fazem sem dó nem piedade... quer queiramos quer não, as horas passam mesmo que não façamos nada para isso e quando damos por ela, já passou o dia e não fizemos nadica de nada.
O verão já vai a meio e daqui a nada chega setembro, tenebroso setembro com gastos extras e notícias esperadas e inesperadas e escola e rotinas e muito pouco descanso e férias à viste nem por isso... Este tem sido um ano muito complicado com perspectivas ainda mais complicadas. Mas tenho constantemente de me lembrar de que ela não tem culpa de nada, que é inocente, que nos ama quer lhe demos as coisas que pede, quer não lhe demos, que nos abraça com a mesma força, que nos beija com a mesma intensidade mesmo quando nos zangamos com ela. Ontem dei muitos beijinhos e abracinhos e disse-lhe muitas vezes que a amava, elogiei-lhe o penteado que lhe fiz, tão doce e inocente, uma trança com dois ganchinhos de borboleta... estava tão mimosa, tão minha, tão menina... quem sabe hoje vamos baldar-nos à festa e ficar em casa a fazer trabalhos manuais só nós as duas...

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